Resumo:
- O diretor de marketing de longa data da Anheuser-Busch InBev, Miguel Patrício, é o novo CEO da Kraft Heinz;
- Ele assumirá a posição a partir de 1º de julho no lugar de Bernardo Hees, que ocupou o cargo por seis anos;
- Patrício, que trabalha em empresas de consumo há 30 anos, acredita que a indústria está em um momento grande de transformação;
- O executivo é conhecido por ter acelerado o crescimento das vendas das marcas de cerveja Corona, Budweiser e Stella Artois, que representaram mais de 20% da receita de 2018 da AB InBev.
O diretor de produtos e marketing de longa data da Anheuser-Busch InBev, Miguel Patrício, é o novo CEO da Kraft Heinz, anunciou a empresa na última segunda-feira (22). Patrício assumirá a posição a partir de 1º de julho no lugar de Bernardo Hees, sócio da 3G Capital, que ocupou o cargo por seis anos.
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“O importante é que eu trago uma trajetória muito diferente para a equipe”, disse Patrício, de 52 anos, a Forbes. “A diversidade de pensamento é muito importante. Eu trabalho em empresas de consumo há 30 anos. A indústria está em um momento grande de transformação, o que traz muitas oportunidades.”
Patrício tem um grande trabalho pela frente. Em fevereiro, a companhia anunciou uma baixa contábil de US$ 15 bilhões em suas marcas Kraft e Oscar Mayer, reduziu seus dividendos e foi alvo de uma investigação da Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) sobre suas práticas contábeis. Desde então, as ações despencaram 32%.
E, enquanto Patrício diz que precisa “entender os números em detalhes” antes de tomar qualquer decisão, ele contou a Forbes quais são as três marcas que merecem suas maiores apostas: Philadelphia, Heinz e Planters.
“Não é que não goste das outras, mas eu amos essas três”, diz Patrício. “Nós vamos nos preocupar com a velocidade. Temos de ser muito rápidos, mas precisamos entender melhor o consumidor do que qualquer outra coisa.”
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O novo CEO trabalhou na AB InBev desde 2006. Ele é conhecido por ter “acelerado o crescimento das vendas orgânicas em dígitos altos” das marcas de cerveja Corona, Budweiser e Stella Artois, responsáveis por mais de 20% da receita de final de ano da empresa. Patrício também conquistou mais de um terço do crescimento orgânico no ano passado.
Enquanto dirigia a região da Ásia-Pacífico da AB InBev, a gigante de bebidas se tornou a empresa de cerveja com as vendas mais altas na China. A receita cresceu de US$ 1 bilhão em 2008 para US$ 2,7 bilhões em 2012. Segundo um comunicado, a localidade agora representa “cerca de 15% da receita global da empresa e 18% dos volumes de todo o mundo”. Antes de liderar a Ásia, o executivo dirigiu a divisão da América do Norte por dois anos.
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