Resumo:
- Depois de uma captação de US$ 30 mi, organização fez seu primeiro investimento no Brasil;
- A empresa já possui times próprios de “Rainbow Six Siege” e “Clash Royale”, de “Overwatch”, da Los Angeles Valiant, e agora chega ao “CS:GO”;
- A marca agora passa a se chamar “Immortals Gaming Club” e vai operar em dois segmentos.
A Immortals, organização norte-americana de esportes eletrônicos, encerrou uma rodada de arrecadação de fundos de US$ 30 milhões que atraiu, entre os interessados, membros da indústria, a exemplo da produtora independente de cinema e televisão Lionsgate, a AEG e a CEO da Quibi (plataforma de entretenimento), Meg Whitman.
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A empresa, dona do time de eSports da Los Angeles Valiant (equipe profissional norte-americana de Overwatch), está se posicionando para capitalizar o fenômeno cada vez mais mainstream do videogame profissional. Os investidores, por sua vez, são atraídos pelo crescimento do esporte e pelo público jovem.
“Por meio do eSports você lida com um grupo demograficamente atraente e indescritível”, diz Peter Levin, presidente de estratégia digital da Lionsgate e presidente do conselho da Immortals. “Você está em contato com a tendência de consumo que mais cresce no mundo, que é o jogo. E também com métricas de gênero e participação relativamente equilibradas e atraentes.”
O fundador da Immortals, Noah Whinston, lançou a empresa aos 21 anos, pulando seu último ano na Northwestern University em Evanston, Illinois. Um jogador casual e fã que estava ganhando dinheiro em ligas fantasia de eSports, reconheceu a mesma oportunidade que atraiu Andy Miller, coproprietário do Sacramento Kings, e o jogador da Fox, Rick Fox, para a modalidade.
Quando a empresa aumentou sua primeira rodada de investimentos, em 2017, a Immortals contratou Ari Segal, um executivo com experiência no gerenciamento de equipes esportivas profissionais, para os cargos de presidente e diretor de operações. Ele assumiu a posição de CEO em dezembro passado, quando Noah Whinston deixou as operações diárias.
Segal diz que o eSports está se desenvolvendo com base na popularidade global de títulos como “Fortnite”, que acumulou 250 milhões de jogadores registrados. Um pesquisador de mercado do Global Esports Market Report estima que as receitas globais geradas pelos jogos eletrônicos cheguem a US$ 1,4 bilhão até 2020 à medida que o público se aproxima de 400 milhões de jogadores.
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A Immortals está se posicionando para capitalizar esse crescimento. Junto com sua nova rodada de financiamento, a empresa revela que adquiriu a plataforma brasileira de “CS:GO” Gamers Club, cuja tecnologia combina jogadores de habilidades iguais. Ela será renomeada para Immortals Gaming Club.
O IGC terá dois negócios operacionais: o Gamers Club, que comandará o bem-sucedido centro comunitário de jogadores no Brasil, expandindo a plataforma para diferentes jogos e regiões geográficas; e o IGC esports, que vai operar as disputas competitivas da empresa sob as bandeiras Immortals, Los Angeles Valiant e marcas relacionadas a MIBR (Made In Brazil, organização brasileira de esportes eletrônicos fundada em 2003). “Agora estamos falando sobre o ímpeto de transformar nosso negócio em uma empresa de jogos eletrônicos integrada, não um único operador de equipe”, diz Segal.
Outros investidores da rodada da Série B são John Griffin, George Leiva e a March Capital Partners.