Resumo
- Prefeito de Londres, Sadiq Khan, rejeitou a execução do The Tulip;
- Empreendimento do bilionário Joseph Safra seria construído no distrito financeiro de Londres, próximo ao arranha-céu Gherkin, também pertencente ao Grupo Safra;
- Projeto da torre foi desenvolvido pelo escritório de arquitetura Foster and Partners;
- Documento com o anúncio da decisão diz que a estrutura não atende aos requisitos de qualidade para construções altas e compromete a apreciação da Torre de Londres, reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco.
A batalha pelo horizonte londrino se intensificou. O bilionário brasileiro Joseph Safra viu seus planos de construir o arranha-céu Tulip em Londres, com mais de 300 metros de altura, rejeitado pelo prefeito da cidade, Sadiq Khan.
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Conhecido como o banqueiro mais rico do mundo e o homem mais rico do Brasil, Safra planejava construir a grande estrutura estrutura no coração do distrito financeiro de Londres, próximo ao famoso arranha-céu Gherkin (oficialmente chamado de 30 St Mary Axe) também pertencente ao Grupo Safra.
O anúncio da decisão foi feito por meio de uma declaração da Greater London Authority, na qual Khan anulou o parecer o comitê de planejamento que anteriormente havia dado sinal verde ao projeto.
O documento diz: “O desenvolvimento proposto de uma atração turística alta, em virtude de sua dimensão, forma, design e aparência, não constituiria a mais alta qualidade requerida para o projeto de um prédio alto”, com o acréscimo de que o desenvolvimento “comprometeria a apreciação” da Torre de Londres, reconhecida como patrimônio mundial da Unesco.
Em resumo, a equipe de Khan decidiu que “os benefícios públicos do projeto são limitados e não compensariam os danos. Considera-se que a proposta é de baixa qualidade, hostil, proporciona um ambiente desnecessariamente confinado para pedestres e provê estacionamento inadequado para bicicletas”.
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O projeto da torre The Tulip foi criado para se juntar à família dos pontos de referência impopulares e de formatos estranhos de Londres, ou seja, o edifício na 122 Leadenhall Street, conhecido como “Ralador de Queijo”, e o construído na 20 Fenchurch Street, popularmente chamado de “Walkie Talkie”.
Projetada pelo escritório de arquitetura Foster and Partners, a utilidade do prédio era frequentemente questionada, mas dizia oferecer “vistas panorâmicas impressionantes” ao lado de “instalações de educação artística gratuitas e de última geração para as crianças das escolas estaduais de Londres” e “uma experiência memorável e informativa para turistas sobre a história e o dinamismo de Londres”.
Ao anunciar o projeto no ano passado, Norman Foster, fundador e presidente executivo da Foster and Partners, disse que o Tulip representava “o espírito de Londres como uma cidade progressista e inovadora”.
O filho de Joseph Safra, Jacob Safra, que administra o banco privado suíço J. Safra Sarasin, afirmou que “a elegância e a força suave da torre complementam o icônico Gherkin. Estamos confiantes no papel confiado a Londres de cidade global e orgulhosos de poder oferecer a seus estudantes uma sala de aula de última geração nas alturas, para apreciar a história e o dinamismo da da capital”.
A resposta do escritório de arquitetura à recusa diz que “a equipe do Tulip Project está desapontada com a decisão do prefeito de Londres em vetar diretamente o planejamento, particularmente porque o The Tulip gerará benefícios socioeconômicos imediatos e de longo prazo tanto para Londres quanto para o Reino Unido como um todo. Vamos agora dedicar nosso tempo para considerar os próximos possíveis passos para o The Tulip Project.”
Fortuna de Safra
Joseph Safra é descendente de uma família bancária da Síria, é o banqueiro mais rico do mundo e o homem mais rico do Brasil segundo a Lista de Bilionários da Forbes.
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Com um patrimônio líquido de US$ 25,7 bilhões, o bilionário é proprietário do Banco Safra, o oitavo maior banco do Brasil, enquanto na Suíça é responsável pelo J. Safra Sarasin. A riqueza da família remonta ao início do século 19, com banqueiros e negociantes de ouro envolvidos no financiamento comercial entre Aleppo, Istambul e Alexandria.
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