Resumo:
- Com forte queda desde o começo do ano, a Tapestry, grupo que incorpora as marcas Kate Spade e Coach, assumiu uma nova estratégia e trocou de CEO;
- O nigeriano Jide Zeitlin entra no lugar do norte-americano Victor Luis, que já comandava a empresa há cinco anos;
- A mudança já trouxe bons frutos às ações tanto da Kate Spade como da Coach.
A Tapestry, grupo que incorpora Kate Spade e Coach, além da marca de sapatos Stuart Weitzman, anunciou hoje (4) seu novo CEO. O nigeriano Jide Zeitlin, que vem do banco de investimentos Goldman Sachs, entra para substituir o norte-americano Victor Luis, que ocupou o cargo por cinco anos mas já estava na empresa havia 13.
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Luis comandou a compra da Kate Spade pela Coach em 2017, em uma transação que custou US$ 2,4 bilhões. Foi quando mudou o nome do grupo para Tapestry. A aquisição foi feita com o intuito de atrair o público mais jovem e competir melhor com marcas europeias, Luis disse ao “The Wall Street Journal” em 2017. No entanto, não foi isso que aconteceu.
No último trimestre, as vendas da Kate Spade caíram 6% (embora as da Coach tenham subido 2%). Quando esse número foi divulgado no dia 29 de junho, as ações da Tapestry sofreram queda de 22% em um dia. Em relação à janeiro de 2019, elas já perderam 39%. Em seu relatório de agosto, a Tapestry disse que não pretende fazer novas aquisições no futuro próximo e previu um crescimento de menos de 10% até o fim do ano.
No anúncio de quarta-feira, o grupo afirmou ainda que pretende dar aos seus acionistas um retorno de US$ 700 milhões em 2020. No mesmo dia, as ações da empresa já subiram 2,5%. Especialistas colocam a culpa da queda deste ano na marca Kate Spade.
“A estratégia da Tapestry é falha”, disse Randal Konik, analista do banco de investimentos Jefferies. Segundo ele, a Coach está estagnada e a Kate Spade é “um grande problema”.
Em entrevista à rede de televisão norte-americana CNBC na quarta, Zeitlin reconheceu o trabalho que Luis deixou para trás e disse que o antigo CEO fez bem em estreitar os laços da Tapestry com a China. “Tirando todo o movimento geopolítico, a China continua sendo a segunda maior economia do planeta e uma enorme oportunidade para nós,” Zeitlin disse.
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