O dólar fechou em alta frente ao real hoje (21), mas longe das máximas do dia, com investidores à espera da votação final da reforma da Previdência no Senado, para a qual há ampla expectativa de aprovação.
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O dia foi de dólar com alguma valorização ante outras divisas, enquanto moedas da América Latina estiveram entre as de pior desempenho, puxadas pelo tombo de 2% do peso chileno diante de violentos protestos no país.
O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a R$ 4,1305 na venda. Na máxima, alcançada por volta de 14h30, a cotação foi a R$ 4,1530 na venda (+0,82%).
Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha ganho de 0,44% por volta de 17h28, para R$ 4,1350.
A moeda norte-americana voltou a defender o suporte da média móvel linear de 50 dias, em torno de R$ 4,11. Apenas neste mês a cotação ameaçou esse ponto técnico em três ocasiões (dias 4, 11 e 18), mas sem rompê-lo de forma consistente. Na sexta-feira, o dólar terminou em R$ 4,1193 na venda.
Para além de temas externos – centrados na guerra comercial EUA-China e nas questões relacionadas ao Brexit -, investidores operaram nesta sessão à espera da votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado, prevista para terça-feira (22).
“Existe um consenso de que a proposta será aprovada, sem mudanças. Mas todo cuidado é pouco”, disse José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.
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O mercado correlaciona a agenda de reformas à perspectiva de crescimento da economia, elemento visto como importante para alguma estabilização ou mesmo recuperação da taxa de câmbio.
Na pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado prevê dólar em R$ 4,00 tanto para o fim de 2019 quanto de 2020, com a moeda se estabilizando conforme a economia acelera o crescimento de 0,88% em 2019 para 2,00% no ano que vem.
O Itaú Unibanco, contudo, vê algum alívio para a taxa de câmbio no curto prazo, com o dólar devendo cair para R$ 3,90. Segundo o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, que é ex-diretor do BC, a depreciação do real não deverá ser contínua, e isso seguirá limitando o repasse da desvalorização cambial à inflação, abrindo espaço para mais cortes de juros.
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