Resumo:
- Adam Rippon é o primeiro atleta olímpico assumidamente LGBTQ a competir nos Jogos representando os Estados Unidos;
- Ele usa sua plataforma para lutar por mais direitos e incentivar jovens a nunca desistir dos sonhos;
- Jessica Iclisoy teve a ideia de produzir itens para bebês sem ingredientes tóxicos quando ainda estava grávida;
- Ela garante que a liberdade de ter construído uma empresa é mais satisfatória do que a de ser uma proprietária de sucesso.
Adam Rippon é um patinador artístico campeão: competiu em todo o mundo, desde a Olimpíada de Pyeongchang, na Coreia do Sul, até Turim, na Itália. Ele também ganhou o “Dancing with the Stars” e acabou de publicar um livro de memórias. Jessica Iclisoy é empresária, ela fundou a California Baby, uma empresa de US$ 115 milhões em vendas, lançando mais de 90 produtos orgânicos para bebês em lugares como Whole Foods e Target, a maioria feita com produtos que ela cultiva em sua fazenda.
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Aparentemente, os dois não têm muito em comum. Mas suas histórias são surpreendentemente semelhantes. Tanto Rippon quanto Jessica deram duro para chegar aonde estão. Eles vieram do nada para construir uma carreira olímpica e uma fortuna de US$ 310 milhões, respectivamente, e aprenderam a confiar em si mesmos ao longo do caminho.
Quando Rippon começou a treinar seriamente, foi para a Califórnia com apenas 80 euros no bolso. Ele morava no porão de seu treinador e roubava maçã e chá da academia na qual treinava.
“Eu era pobre, mas não estava morto. Queria um bom chá”, brincou ele no Under 30 Summit, em Detroit, enquanto dividia o palco com Jessica e Chloe Sorvino, jornalista da Forbes.
Enquanto isso, seu treinador, que assinou o contrato de aluguel de um Jetta, do qual Rippon usou e abusou do rádio e espelhos elétricos, mesmo não podendo pagar por tudo aquilo, e sua mãe solteira estavam em sua torcida.
“Ela estava sempre me apoiando quando eu não acreditava em mim mesmo e fazia questão de me animar quando as coisas não estavam indo bem”, disse ele.
Jessica começou em sua própria cozinha. Em 1990, ela estava grávida e lendo rótulos de produtos para bebês. Chocada com as substâncias químicas em cremes, loções e fraldas, começou a fabricar seus próprios produtos orgânicos para bebês, atóxicos.
Mais uma vez, uma mãe teve papel importante: a mãe de Jessica emprestou US$ 2.000 para lançar a California Baby. Ela começou a cultivar suas próprias ervas e flores (hoje sua fazenda possui 100 acres em Santa Barbara), misturando produtos, abrindo uma fábrica e os distribuindo em lojas naturais, aprendendo ao longo do caminho.
“Eu não tinha um MBA, nem fui para a faculdade”, diz ela. “Quando comecei a California Baby, alimentos orgânicos ainda não eram populares”.
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Ela decidiu não se apegar ao dinheiro: “Eu ainda sou uma hippie, a diferença é que agora visto Prada”, o que ela elenca como uma das partes mais gratificantes chegar lá por seus próprios méritos.
“Empreender significa liberdade. Não me vejo trabalhando para mais ninguém”, disse ela. “Meu negócio gira em torno de quem eu sou.”
E não é apenas a liberdade que você experimenta depois de construir uma marca, mas a liberdade que você tem enquanto a constrói. A única coisa em jogo é você mesmo.
“Naqueles momentos em que eu sentia que não tinha nada, também significava que não tinha nada a perder”, disse Rippon. “Foi o momento em que menos tive medo”.
Essa confiança em si mesmo permitiu que Jessica e Rippon pensassem maior. Jessica se esforçou para regular a indústria de beleza natural e cuidados com a pele, lançando o grupo de lobby “Natural Advisory Council” em 2016 para lutar por padrões de rotulagem e ingredientes mais seguros.
Rippon, que é gay, se revelou publicamente em 2015, fazendo dele o primeiro atleta abertamente homossexual a representar os Estados Unidos na Olimpíada. Desde então, ele usou sua plataforma para defender os direitos LGBTQ, particularmente os dos jovens.
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“Você é mais esperto do que pensa”, disse ele. “Confie em suas próprias intuições. Quando não confiava em mim, fui desviado do meu caminho”.
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