Resumo:
- A marca de bolsas Estilé foi criada pelas amigas Beatriz Carvalho e Victoria Beukers
- A geração Z inova no empreendimento e no consumo
- Beatriz e Victoria dão dicas para novos empreendedores
“A geração Z tem como uma de suas principais características a expressão da identidade individual”, revela o estudo True Gen: Generation Z and Its Implications for Companies (A Geração Z e seu Impacto nas Empresas, em tradução livre), de 2017, feito pela Mckinsey em parceria com a Box1824 sobre os jovens nascidos depois de 1994. É justamente a partir desse comportamento que nasce uma nova classe de consumidores que, segundo o mesmo estudo, é mais pragmática e questiona o ato de consumir. Para os “true gen”, assim como o estudo os chama, o consumo é uma extensão da própria individualidade.
Um reflexo desta tendência é a Estilé, marca de bolsas fundada pelas amigas de infância Beatriz Carvalho, 24 anos, e Victoria Beukers, 25. As duas, frutos dessa geração, são exemplo de um negócio criado por e para a Geração Z. A ideia de uma linha de bolsas nasceu no fim de 2017, com a produção de poucas unidades no formato “bootstrap“, um modelo pelo qual todo o negócio é criado com recursos próprios, sem recorrer a investidores externos.
LEIA MAIS: 8 empresárias para conhecer no Dia do Empreendedorismo Feminino
O case Estilé é um exemplo de sucesso. O investimento inicial de Beatriz e Victoria foi de apenas R$ 2.500, o suficiente para a confecção de cinco unidades, quantia recuperada com folga com a venda deste primeiro lote. Atualmente, após quase dois anos da fundação da Estilé, a empresa já adquiriu capital suficiente para reinvestir, aumentar o negócio e chega a faturar R$ 100.000 em um único mês.
Em entrevista à Forbes, a dupla girlboss conta que a intenção da Estilé não é apenas fazer moda, e sim criar peças icônicas que sejam mais do que uma parte do vestuário: “Nossa marca cria ‘statement pieces for statement people’ [‘peças únicas para pessoas únicas’, em tradução livre]”, diz Victoria. As duas amigas e sócias afirmam que se envolvem em todas as etapas do processo criativo, desde as pesquisas de inspirações até o projeto final levado ao artesão. “A gente não coloca limites à criatividade e produz sem estratégia definida. A criação é irrestrita”, conta Victoria.
As bolsas são feitas em acrílico, em versões estilo Clutch que vão das mais clássicas e em cores mais neutras até peças cheias de atitude,com detalhes como brilhos e cores neon. Ao melhor estilo Geração Z, a produção segue reduzida e artesanal, o que garante o “sold out” das peças muito rápido, fato que atribui certa singularidade as peças. “É comum termos lista de espera para as bolsas, acredito que isso gere uma certa curiosidade nas clientes, pois aumenta a vontade em ter o produto. Quando percebem que não vão conseguir a bolsa se adiarem a compra, essa urgência colabora para aumentar o desejo”, conclui Beatriz.
A dupla dá ainda dicas para futuros empreendedores de todas as gerações que desejam criar um negócio nos dias de hoje para conversar com esse novo perfil de consumidor. “Não espere o momento perfeito para começar. Experimente, veja o que dá certo, o que precisa ser ajustado, peça feedback para os clientes”, aconselha Beatriz. Já Victoria dá a dica de estudar bem o mercado no qual você quer atuar e o produto que você quer vender: “Hoje em dia a informação está nas suas mãos. Eu estudei muito marketing e o mercado, lendo sobre o assunto na internet, ouvindo podcasts e acompanhando outros empreendedores de sucesso no Instagram, por exemplo”.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.