Resumo:
- Aliança de serviços de streaming procura soluções para o compartilhamento de senhas frequente entre usuários e não-assinantes;
- Fazem parte da Alliance for Creativity and Entertainment serviços como Netflix, Amazon Prime e Disney+;
- Uma das soluções em análise é o uso de biometria na autenticação do usuário.
A pirataria de filmes e séries na era do serviços de streaming tem uma nova face: o compartilhamento de senhas. Usuários que pagam pelo serviço passam seus logins e senhas para amigos e familiares, que assistem a todo o conteúdo disponível sem ter que arcar com as despesas da mensalidade. Em uma tentativa de combater essa prática, que custa bilhões de dólares por ano para a indústria, os serviços de streaming da Alliance for Creativity and Entertainment publicaram uma declaração no fim de outubro afirmando que estão procurando maneiras de solucionar o problema.
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Nesta aliança, que também usa o acrônimo ACE, estão gigantes da indústria de streaming como Netflix, Amazon – que entra defendendo os direitos da Amazon Prime -, Disney, HBO e Hulu. Além deles, canais de televisão a cabo também se juntaram à coalizão, já que a oferta de serviços online está crescendo cada vez mais e todos eles funcionam à base de logins e senhas. Fox, BBC e Warner são apenas alguns desses canais de televisão.
Na declaração, Charles Rivkin, CEO da Motion Picture Association e líder da aliança, afirmou que “a era digital levou à explosão de novas plataformas de streaming e a um período dourado da televisão”. “Mas sua acessibilidade também trouxe desafios, como pirataria e o acesso não-autorizado, que comprometem a propriedade intelectual dos criadores de conteúdo e a viabilidade econômica do que eles fazem.”
O compartilhamento de senhas vai contra os termos de uso da maioria das plataformas de streaming, mas, até agora, elas não têm como verificar essas práticas. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo canal de notícias CNBC (que também faz parte da aliança), em 2018, 35% dos millennials compartilham suas senhas desses serviço.
O site de notícias e negócios “Bloomberg” também publicou hoje (8) que, por causa do compartilhamento de senhas e outras falhas de privacidade e identificação, a indústria perdeu em 2019 cerca de US$ 6,6 bilhões, e, até 2024, esse número pode chegar aos US$ 9 bilhões.
As empresas da aliança estudam possibilidades como biometria e autenticação de senhas por meio de mensagens de texto como soluções, mas nada ainda foi decidido.
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