A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em leve alta hoje (11), marcada por decisão sem surpresas do Federal Reserve e alta expressiva de papéis de educação após o governo flexibilizar regras relacionadas ao ensino à distância.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,26%, a 110.963,87 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,35 bilhões.
Na visão do gestor Ricardo Campos, sócio-fundador da Reach Capital, o Ibovespa tem oscilado relativamente pouco em razão da proximidade do fechamento de 2019, com muitos fundos com bons resultados preferindo não arriscar a poucos dias do fim do ano.
Das 68 ações que compõem o Ibovespa, apenas oito papéis acumulam queda em 2019. “Praticamente todas as empresas do índice andaram bem”, destacou.
No exterior, o banco central norte-americano manteve a taxa básica de juros em sua atual meta, entre 1,50% e 1,75% ao ano, 13 dos 17 membros do comitê de política monetária do Fed não prevendo mudanças nas taxas em 2020.
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Na visão do estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, qualquer mudança na direção da política monetária ocorrerá apenas com eventuais surpresas no cenário. “O Fed será reativo, não proativo”, afirmou em comentário no Twitter.
A chamada ‘super quarta’, contudo, não trouxe grandes novidades do embate comercial China-EUA, a poucos dias de entrarem em vigor tarifas sobre quase US$ 160 bilhões em produtos chineses.
Em Wall Street, com o noticiário corporativo também sob os holofotes, o S&P 500 fechou em alta de 0,3%.
XP
Investidores no Brasil também repercutiram a estreia vistosa das ações da XP Inc na Nasdaq, nos EUA, que fecharam em alta de 27,6%, a US$ 34,46, avaliando a empresa em cerca de R$ 78,3 bilhões, considerando o dólar a R$ 4,1195.
Na visão da equipe do Safra, o sucesso do IPO da XP chancela a perspectiva do mercado de que a empresa continua apresentando altas taxas de crescimento, se beneficiando da intermediação dos bancos no universo de investimentos, conforme nota a clientes.
Ainda nesta quarta-feira, o Banco Central brasileiro reduziu de 5% para 4,50% ao ano a taxa básica de juros.
Campos, da Reach Capital, destacou que o corte de 0,5 ponto era ‘dado’ e que o foco está na sinalização das próximas decisões, sem consenso ainda. Para ele, o Copom deve apontar na direção de um ajuste fino. “Ou ele deixa em aberto para não fazer nada ou corta em 0,25 ponto.”
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