Todo mundo sabe que o sistema tributário corporativo global precisa ser reformulado, disse o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, hoje (20), apoiando mudanças nas regras sobre impostos que estão sendo consideradas atualmente.
O crescimento de gigantes da internet, como a Apple, levou as regras tributárias internacionais ao limite, fazendo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) buscar reformas globais sobre onde as multinacionais devem ser tributadas.
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As reformas em análise estão centradas na contabilização de lucros por multinacionais em países com baixos impostos, como a Irlanda, onde tais empresas possuem bases –e de onde Cook falou nesta segunda-feira– e não onde está a maioria de seus clientes.
“Acho que logicamente todo mundo sabe que precisa ser reformulado. Eu certamente seria a última pessoa a dizer que o sistema atual ou o sistema passado era o sistema perfeito. Estou esperançoso e otimista de que eles (a OCDE) encontrem algo”, disse Cook.
“É muito complexo saber tributar uma multinacional. Queremos desesperadamente que seja justo”, acrescentou o presidente-executivo da Apple após receber um prêmio que reconhece a contribuição das multinacionais no Irlanda pela agência estatal responsável por atrair empresas estrangeiras para o país.
A Apple é uma das maiores empregadoras da Irlanda, com 6.000 funcionários no país, e tanto a empresa, quanto o governo irlandês tentam combater uma ordem da União Europeia para que a Apple pague € 13 bilhões em impostos atrasados para Dublin.
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O presidente-executivo da Apple também disse que é necessária mais regulamentação na área de privacidade e deve ir além das leis de privacidade do Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR) de 2018, que entregaram aos reguladores poderes significativamente maiores.
“Acho que é necessária mais regulamentação nessa área, provavelmente é estranho para uma pessoa de negócios falar sobre regulamentação, mas ficou claro que as empresas não se autopoliciam nessa área”, disse.
“Fomos um dos primeiros a endossar o GDPR, achamos que é extremamente bom, não apenas para a Europa. Achamos que é necessário, mas não suficiente. Você precisa ir mais longe e isso é necessário para que a privacidade volte ao lugar em que deveria estar.”
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