Os fãs de basquete em todo o mundo continuam a lamentar a morte trágica do ícone da NBA Kobe Bryant, que faleceu no domingo (26) em um acidente de helicóptero com sua filha de 13 anos, Gianna, e sete outros passageiros. Bryant, de 41 anos, deixa um rico legado na quadra por suas realizações e uma liderança incansável, que ajudou o Los Angeles Lakers a conquistar cinco títulos da NBA durante seus 20 anos de carreira.
Bryant também era admirado por seu amplo sucesso nos negócios, o que o tornou um dos atletas mais ricos do planeta. Seus ganhos em quadra na carreira estão em segundo lugar na história dos jogadores de basquete, e ele endossou mais de 20 marcas desde que ingressou na NBA, incluindo Nike, McDonald’s, Coca-Cola, Mercedes-Benz e Hublot.
Ele investiu esses ganhos em muitos empreendimentos comerciais, incluindo a bebida esportiva emergente BodyArmor e pequenas empresas iniciantes como Art of Sport e HouseCanary. Meses após sua aposentadoria em 2016, Bryant revelou seu fundo de capital de risco de US$ 100 milhões, em parceria com o empresário Jeff Stibel, para investir em negócios de mídia, tecnologia e dados. Stibel disse à CNBC em setembro que sua empresa tinha 18 investimentos atuais, com cerca de 10 saídas até o momento. Os atletas superstars Peyton Manning e Steph Curry também foram investidores.
Bryant também publicou seus próprios livros para jovens adultos e se tornou o primeiro atleta profissional a ganhar um Oscar, em 2018, por seu curta-metragem de animação “Dear Basketball”. Ao todo, Bryant, com apenas 41 anos, acumulou uma fortuna estimada em US$ 600 milhões e estabeleceu uma próspera carreira pós-NBA.
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Aqui estão algumas áreas em que Bryant deixou sua marca desde que chegou à NBA em 1996, quando era apenas um magro rapaz de 17 anos da Filadélfia.
Bryant teve o maior salário da NBA por seis temporadas seguidas antes de encerrar sua carreira. A combinação de seu salário com o Lakers e seus acordos de patrocínio chegou a US$ 62 milhões. Nike era seu parceiro mais importante e lucrativo. O relacionamento começou em 2003 sob um acordo de quatro anos e US$ 40 milhões que ajudou a transformar Bryant em uma estrela mundial com ganhos anuais crescentes.
A gigante sportswear enviava Bryant para a China quase todo verão para promover seus produtos, fazendo com que a marca do atleta explodisse na região. Ele recebeu patrocínios específicos da China na Mercedes-Benz, Alibaba e muito mais. A receita da Nike na Grande China agora é de US$ 6 bilhões e cresce 20% ao ano.
Os fãs da Nike e de Bryant comemoram o Mamba Day anualmente em 24 de agosto, data que combina os dois números de camisa de Bryant, 8 e 24. A Nike continuou a tendência no verão passado com uma série de lançamentos de tênis de edição limitada.
O primeiro contrato de Bryant com o Lakers valeu US$ 3,5 milhões por três anos, mas ele sabia desde o início que seu potencial salarial era imenso. Ele foi um dos únicos cinco jogadores a votar contra o Acordo Coletivo de Trabalho da NBA de 1999, que limitava os salários individuais. O salário anual de Bryant chegou a US$ 30 milhões, apenas o segundo jogador da NBA depois de Michael Jordan a atingir esse limite na época. Bryant se aposentou, perdendo apenas para Kevin Garnett em salário de carreira.
Quando Bryant se aposentou da NBA em 2016, seus ganhos e patrocínios totalizaram US$ 680 milhões, mais do que qualquer outro atleta de equipe na história do esporte na época. Os únicos atletas acima de Bryant foram três estrelas de esportes individuais: Tiger Woods, Floyd Mayweather e Michael Schumacher.
BodyArmor
Bryant estabeleceu a Kobe Inc. em 2013 e fez seu primeiro investimento na marca de bebidas esportivas BodyArmor no ano seguinte. Ele adquiriu mais de 10% da empresa por aproximadamente US$ 5 milhões. “O modelo sempre os artistas participarem apenas de uma parte pequena do negócio, mas eu queria avançar além disso”, disse Bryant à Forbes na época.
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Bryant faturou quando a Coca-Cola investiu US$ 300 milhões na BodyArmor em 2018, em uma valorização de US$ 2 bilhões e elevação do valor da fatia de Bryant para US$ 200 milhões. A BodyArmor se tornou recentemente um parceiro oficial da MLS, e Bryant havia falado com a Forbes na semana passada sobre futebol nos EUA.
Bryant construiu sua primeira fortuna com base em duas décadas de ricos contratos e acordos de patrocínio. Seu caminho para se tornar um bilionário seria pavimentado no mundo dos investimentos, e sua primeira grande sacada, a BodyArmor, representava cerca de um terço de seu patrimônio líquido.
Seu portfólio de trabalhos incluía a empresa de produtos ecológicos The Honest Company, o site de mídia The Players Tribune, a designer de jogos Scopely e a empresa de serviços jurídicos LegalZoom.
Além de construir Bryant Stibel, Kobe se concentrou em contar histórias em diferentes mídias durante sua carreira pós-NBA. Ele fundou uma empresa de mídia, Granity Studios, em 2016, que publicou uma série de livros para jovens adultos. Escreveu e narrou o curta de animação “Dear Basketball”, que ganhou um Oscar em 2018.
Kobe não foi o único a se beneficiar de sua própria trajetória. Os donos do Lakers, a família Buss e Phil Anschutz, estão entre os maiores beneficiados da popularidade da estrela da NBA. O contrato de 20 anos e US$ 4 bilhões da equipe com a Time Warner em 2011 elevou os lucros operacionais anuais para cerca de US$ 100 milhões. O valor do time, que estava em torno de US$ 200 milhões quando Bryant foi chegou em 2006, agora é de US$ 3,7 bilhões.
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