Uma startup irlandesa está lançando um teste do primeiro serviço de entrega via drones do mundo, que transportará remédios e mantimentos para idosos e pessoas vulneráveis em auto-isolamento, mais um sinal de que a pandemia de coronavírus está acelerando soluções tecnológicas pensadas há anos no mercado.
O drone, desenvolvido pela startup de entrega de alimentos por drones Manna Aero, será testado a partir da próxima semana na cidade irlandesa de Moneygall, transportando bens essenciais para as pessoas em isolamento com maiores necessidades.
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O drone da Manna Aero é projetado para fazer 100 viagens por dia, pode transportar 4 kg de comida de uma só vez e viaja até 80 km/h em um raio de 6 km, informou o “Times”. Sua localização pode ser rastreada no smartphone dos usuários, que emite notificações quando a entrega chega.
A tecnologia foi inicialmente planejada para ser um serviço de entrega de comida para viagem em parceria com a gigante internacional de delivery Just Eat, mas a ideia foi alterada para se adequar às circunstâncias únicas da pandemia, já que milhões estão sendo aconselhados a ficar em casa na Irlanda, principalmente idosos e vulneráveis.
O teste faz parte de um acordo com uma farmacêutica que não foi revelada, de acordo com o “Times”, e começará na próxima segunda-feira (6). Ele foi autorizado pela Autoridade de Aviação Irlandesa.
O CEO da Manna Aero, Bob Healy, disse em comunicado: “[O serviço] é direcionado a idosos e vulneráveis, pessoas que foram instruídas a ficar dentro de suas casas. Eles precisam de suprimentos essenciais de alimentos e medicamentos prescritos, e é isso que entregaremos”.
A tecnologia de entrega de drones está em pauta há algum tempo, com a Amazon desenvolvendo tecnologia semelhante para entregar seus pacotes aos clientes (o serviço ainda não foi lançado). A empresa realizou um teste do serviço Prime Air em Cambridge, na Inglaterra, em dezembro de 2016. A UPS também anunciou recentemente uma joint venture com a startup alemã Wingcopter para desenvolver drones de entrega. Mas a pandemia, que forçou milhões de empresas não essenciais em todo o mundo a fechar lojas nas últimas semanas, pode acelerar a comercialização da tecnologia, já que mais clientes estão recorrendo às compras online.
A Irlanda sob isolamento efetivo de duas semanas até 12 de abril de 2020, com as pessoas apenas saindo para comprar alimentos e realizar exercícios limitados. Pessoas com mais de 70 anos e que são medicamente vulneráveis foram instruídas pelo primeiro-ministro, Leo Varadkar, a não deixarem suas casas.
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