A maior empresa financeira dos Estados Unidos está mudando de ideia sobre o bitcoin.
De acordo com relatos do “Wall Street Journal”, o J.P. Morgan começará a oferecer contas bancárias para as bolsas de criptomoedas Gemini e Coinbase. Segundo as relações bancárias entre as partes, solidificadas no mês passado, o banco de US$ 2,6 trilhões fornecerá serviços de depósito, retirada e transferência para os clientes da Coinbase e da Gemini com a infraestrutura de Automated Clearing House (ACH).
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Historicamente, tem sido difícil para as exchanges cripto garantir relacionamentos bancários confiáveis em função do medo de fraude e lavagem de dinheiro, algo que as levou a ter de contar com processadores de pagamento não muito confiáveis.
As notícias são particularmente significativas, não apenas por causa da firme posição do J.P. Morgan contra criptomoedas no passado, mas porque isso poderia abrir caminhos para melhores relacionamentos bancários com as empresas de bitcoin no futuro
Pode ser por isso que o J.P. Morgan está aproveitando essa chance para se consolidar como o principal protagonista deste novo e esotérico mercado – o banco pode até não gostar do bitcoin, mas viu uma oportunidade de entrar num mercado crescente com vantagem e construir relacionamentos, disse um banqueiro ao site especializado “The Block”.
“Na minha opinião, são notícias importantes. Existem poucas empresas associadas a taxas de processamento de pagamentos por transferência bancária e ACH. Espero que existam outros benefícios associados à JPM de quaisquer serviços bancários, colaboração adicional com essas duas empresas, potencial para qualquer IPO futuro ou outro ângulo, como a moeda JPM oferecida em uma dessas plataformas”, disse o banqueiro.
Vale lembrar que o J.P. Morgan anunciou que estava criando sua própria stablecoin no início do ano passado.
A notícia chega poucos dias depois que o robusto Paul Tudor Jones revelou que alocou cerca de 2% do portfólio de seu fundo em futuros de bitcoin.
Com investidores difíceis de ignorar, como Jones, surfando na onda da criptomoeda, o J.P. Morgan, sem dúvida, está revendo seus conceitos de que o bitcoin “é uma fraude”, um dos mantras de seu CEO, Jamie Dimon.
Pelo menos, o banco terá uma vantagem na corrida pelo ouro digital, ao que parece, e a Coinbase e a Gemini são apenas o começo do que pode ser um aumento do interesse institucional no fornecimento de serviços financeiros para empresas de bitcoin.
Como o banqueiro anônimo disse ao “The Block”, “ter esse banco oferecendo serviços à exchanges cripto significa muita credibilidade para o segmento”.
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