A Avianca Holdings
Se não conseguir sair da recuperação judicial, a Avianca pode ser a primeira grande companhia aérea do mundo a afundar por causa da pandemia, que resultou em um declínio de 90% de tráfego aéreo.
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A Avianca não realiza voos regulares de passageiros desde o fim de março e a maioria dos seus 20 mil empregados ficou sem receber ao longo da crise.
“A Avianca passa pela crise mais desafiadora em seus 100 anos de história”, disse o presidente-executivo da empresa, Anko van der Werff, em um comunicado à imprensa.
Embora a Avianca estivesse fraca mesmo antes da pandemia de coronavírus, seu pedido de recuperação judicial destaca os desafios às companhias aéreas que não contam com resgates do governo para evitar reestruturações. Um representante da Avianca afirmou à Reuters que a empresa ainda está tentando assegurar empréstimos do governo.
“Ajuda do governo para a indústria aérea é vital”, disse Silvia Mosquera, chefe comercial da Avianca, em um comunicado à Reuters antes do pedido de recuperação judicial.
A Avianca, uma das companhias aéreas mais antigas do mundo, estima passivos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões em um pedido à Corte de Recuperação Judicial dos EUA no distrito sul de Nova York.
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A companhia já havia passado por uma recuperação judicial no começo dos anos 2000, da qual foi resgatada por um empresário do petróleo nascido na Bolívia, German Efromovich.
Efromovich fez a companhia aérea crescer agressivamente, mas também contraiu dívidas significativas. Efromovich foi retirado da empresa ano passado, em um golpe de conselho liderado pela United Airlines Holdings Inc, mas ainda tem uma fatia majoritária da companhia.
A United pode perder até US$ 700 milhões em empréstimos relacionados à Avianca.
Efromovich disse à Reuters, neste domingo, que discordava da decisão de entrar com pedido de recuperação judicial e que não estava envolvido nela.
Em paralelo, a Avianca disse que pretende começar a reduzir operações no Peru. (Com Reuters)
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