A Diageo, maior fabricante de destilados do mundo, intensificou os esforços para aumentar a presença de suas marcas no comércio eletrônico brasileiro desde que a pandemia do novo coronavírus fechou bares e restaurantes, levando as pessoas a beber em casa, disse um executivo da empresa hoje (26).
“O consumo em casa subiu significativamente nos últimos três meses, mas não compensa a queda de vendas com o fechamento de bares, restaurantes, boates e eventos”, afirmou o presidente da Diageo para Brasil, Paraguai e Uruguai, Gregorio Gutierrez, em entrevista à Reuters.
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Ele não especificou o percentual de queda nas receitas da região em meio à pandemia, mas observou que o segmento conhecido como “on-trade” – para consumo em estabelecimentos com licença para comercializar bebidas alcoólicas – representa entre 40% e 50% do negócio da Diageo.
“Logo que esses canais on-trade fecharam realocamos recursos para nossa força-tarefa online”, disse Gutierrez.
A fabricante do uísque Johnnie Walker atualmente tem parcerias com grandes varejistas no mercado brasileiro, incluindo grupos internacionais como a Amazon.com e o Mercado Livre, além das redes supermercadistas GPA e Carrefour Brasil.
Mesmo com os esforços para expandir os canais online, a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima que a crise desencadeada pelo novo coronavírus, em média, reduziu em 50% as vendas de bebidas alcoólicas no país.
O Brasil tornou-se o epicentro da pandemia de COVID-19 na América Latina, somando mais de 1,2 milhão de casos confirmados e 55 mil mortes até 25 de junho, conforme dados do Ministério da Saúde.
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Para Gutierrez, ainda é difícil prever quando as operações da Diageo devem voltar aos níveis pré-pandemia, ainda que as autoridades tenham começado a relaxar as restrições em algumas partes do país.
Na cidade de São Paulo, onde foi registrado o primeiro caso confirmado de COVID-19 no Brasil, bares e restaurantes estão autorizados a retomar as atividades a partir de 6 de julho.
Enquanto isso, a Diageo vem trabalhando para ajudar seus parceiros a se preparar para a reabertura. A fabricante criou um fundo global de 100 milhões de dólares para apoiar bares e restaurantes ao redor do mundo se recuperarem da crise mundial de Covid-19. (Com Reuters)
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