“Estamos vivendo cinco anos em cinco semanas”, disse o CEO da agência de publicidade, marketing e relações públicas Ogilvy Brasil, Luiz Fernando Musa, durante mais uma live Forbes, comandada pelo CEO da publicação no Brasil, Antonio Camarotti. Ao falar sobre os negócios em tempos de pandemia, Musa disse ter a sensação de que o presente e o futuro se juntaram no mesmo momento. “Nós já discutíamos a transformação digital, a necessidade de estar no varejo e de os clientes escolherem como querem receber seus produtos”, contou, dizendo que tudo parece ter ganho uma velocidade muito maior.
Musa aproveitou a ocasião para relembrar os momentos marcantes que viveu na publicidade com a pandemia do novo coronavírus. Em um primeiro momento, as empresas foram pegas de surpresa e buscaram entender o que estava acontecendo. Ele enfatizou a necessidade de estar perto dos clientes e lembrou da importância da iniciativa privada e dos meios de comunicação na conscientização sobre a doença: “O consumo de mídias aumentou muito nas primeiras semanas da quarentena.”
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O segundo momento representou, para as empresas e para a publicidade, o planejamento da continuidade dos negócios fora da normalidade, ou seja, com os consumidores em isolamento social e a consequente mudança dos hábitos de consumo. Musa destacou, ainda, o importante papel da solidariedade da população para que todos consigam sair da crise melhor do que entraram.
Segundo o CEO da Ogilvy Brasil, as empresas estão passando por um momento de “inovação por necessidade concreta e real de sobrevivência”. A importância de se adaptar para continuar relevante no mercado é algo comum a quase todos os players de diversos setores. Mas ele se mostra otimista com o futuro: “Sairemos dessa com grandes aprendizados”.
Para mostrar como é importante manter o foco em tempos difíceis, Musa relembrou o começo de sua carreira, quando enfrentou muitas dificuldades para entrar em uma agência de publicidade, apesar da experiência em empresas menores. “É preciso manter a proatividade e ir atrás. Saiba que você vai cruzar com pessoas que vão achá-lo ruim. Não existe lugar certo para começar. Comece. Faça!”
Musa usou o exemplo de marcas de sucesso, como o Magazine Luiza, para explicar como deve ser o contato das empresas com o mundo externo. “Essas são empresas que não apenas se comunicam, elas estão prestando um serviço. Tenha o que dizer, faça algo pelas pessoas. Em uma época em que criar vínculos é importante, as pessoas passaram a esperar que as marcas façam certas coisas.”
O executivo lembrou que o público presta atenção nas iniciativas das empresas, desde o atendimento no caixa até a responsabilidade com a comunidade. “Temos que enxergar a comunicação nesse espectro mais amplo para construir uma marca e gerar valor para venda, no final do dia”, explicou.
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A pandemia, segundo ele, alterou as regras do jogo. “Não existe mais um livro com as práticas que dão certo. Temos que jogar tudo fora e descobrir o novo.” Para ele, a chave é olhar para o futuro e dar espaço para a diferença de opiniões dentro de uma empresa. Dali, segundo ele, podem surgir coisas novas e boas.
Em um momento onde as pessoas estão passando por diversos problemas, Musa alerta para a importância das marcas entenderem como se posicionar. “Precisamos ter um olhar muito mais inclusivo e sair da nossa bolha. É preciso praticar o exercício de transitar por outras realidades e entender outras histórias”, disse.
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