Para falar dos desafios da moda em tempos de pandemia e como o setor pode se reinventar nesse momento, o CEO e publisher da Forbes, Antonio Camarotti, conversou com o estilista e empreendedor da moda nacional Ricardo Almeida. O papo foi ao vivo pelo canal da revista no Instagram.
O fundador da grife que leva seu próprio nome revelou que começou a trabalhar desde cedo em outras áreas de comércio, até abrir seu próprio negócio em 1983, uma pequena confecção em sua casa com quatro colaboradores.
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Segundo ele, ter uma marca com seu nome e ser o dono de uma empresa o fez querer melhorar como profissional: “Passei a ter vontade de sempre fazer as coisas melhor. Queria o melhor tecido, melhor acabamento, cores diferentes. Revolucionamos, pois não trabalhávamos com as mesmas cores, todos passaram a olhar muito os nossos produtos”, relembrou.
Para Almeida, criar novos caminhos é o passo fundamental para o sucesso de um novo empreendimento. “Procure fazer coisa novas. Se você fizer o que todos estão fazendo, aquilo não será o melhor. O melhor é achar um caminho novo, até por realização pessoal e para criar ideias novas”, afirmou.
Questionado sobre a sua rotina de trabalho, Ricardo Almeida revelou que sempre se dedicou muito a sua fábrica e sua marca. Para ele, a grande lição tirada do universo profissional é a necessidade de trabalhar com o que gosta. “Quando vou para minha fábrica, me divirto”, disse. Mesmo com a confecção fechada pela pandemia de Covid-19, o estilista continua indo até o local para trabalhar em ideias novas.
O empresário também demonstrou grande preocupação com a saúde de seus funcionários durante a pandemia, razão pela qual a fábrica está fechada. É essencial, segundo Ricardo, que todos se preocupem primeiro com as pessoas próximas, antes de pensar no país ou no mundo.
Ainda falando sobre seus colaboradores, Almeida falou que “a ideia é que nossos funcionários se sintam em casa, que tenham uma condição de vida boa”, completando que a empresa conta com espaço de lazer pensado nos funcionários.
Almeida cobrou mais ajuda dos governantes brasileiros. “É preciso repensar a tributação de todos os itens que são de primeira necessidade contra a Covid-19, como máscaras e álcool em gel”, disse.
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Os desafios para o setor de alfaiataria durante a pandemia são diversos, mas ele elegeu a falta de toque físico como um dos principais problemas do e-commerce. Segundo ele, os clientes não podem sentir os tecidos e entender a qualidade dos produtos que estão comprando. Além disso, a falta de conhecimento sobre como tirar medidas do corpo aumenta o risco de o produto ser devolvido e, assim, gerar mais custos de entrega para a empresa.
A pandemia do novo coronavírus também atrasou o lançamento de uma nova linha de produtos femininos da Ricardo Almeida. O estilista comentou que finalmente conseguiu tempo para diversificar seus produtos, já que a marca possui mais força no universo do vestuário masculino.
No entanto, apesar das dificuldades do momento, Almeida se diz feliz de ter tudo o que conseguiu. “Nunca imaginei ter lojas e uma fábrica como as que tenho hoje. Nunca duvidei de minha capacidade, mas você acaba perdendo a chance de perceber tudo o que construiu.”
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