Churrasco, futebol e carros são algumas das principais paixões do brasileiro. Uma das semelhanças desses assuntos é a de que são áreas afetadas pela atual pandemia da Covid-19, menos uma: carros, em especial os da Audi. A sede brasileira da montadora alemã experimentou um saudável crescimento, mesmo durante a quarentena. A explicação para esse fenômeno está em seu mais novo e inédito lançamento de carros elétricos, o Audi E-Tron, e o relançamento de sua linha de esportivos RS, que esgotou em quatro dias de comercialização.
Em live com Antonio Camarotti, CEO e Publisher da Forbes, Cláudio Rawicz, diretor de comunicação da Audi no Brasil, afirmou: “A questão inicial era: ‘Vamos continuar acelerando no meio da pandemia?” A empresa escolheu seguir em frente com suas operações.
Os carros, que estão sendo vendidos por meios virtuais, obtiveram grande sucesso no Brasil, e a empresa ainda promete mais lançamentos para esse ano, tanto da linha esportiva quanto elétrica. Rawicz pontua: “As empresas que tiveram mais sucesso nesse período são aquelas que decidiram seguir adiante, da maneira mais responsável possível.”
Rawicz trabalhou 17 anos na montadora italiana Fiat antes de chegar à Audi. Ele inovou a área de comunicação da empresa e influenciou outras no mesmo caminho: “O segredo de uma comunicação de sucesso, na minha opinião, é ter uma visão ampla e conjunta. Com isso em mente, busquei juntar as áreas de marketing e comunicação pelas empresas que passei. Desse jeito potencializamos nosso desempenho”, afirma.
Ele também relembrou o impacto da chegada da Audi ao Brasil: “Lembro das campanhas agressivas e inesquecíveis da empresa. Como a campanha ‘Cheguei’, com as argolas da empresa bem grandes e do ladinho delas, a Mercedes e BMW, como se estivessem com medo. Esse tipo de campanha fez da marca uma das paixões do brasileiro. Eu amava demais. Ter um Audi era um desejo para muitas pessoas, pra mim também”, relembra.
Com perfil inovador desde sua fundação, a Audi foi uma das primeiras montadora a incentivar a quarentena e o isolamento social com o slogan “Deixe seu carro na garagem” e a campanha “Manter a distância”, com as argolas emblemáticas da marca separadas. Outras montadoras seguiram os mesmos passos.
Mesmo em um momento de desaceleração econômica, a empresa prosseguiu com seus lançamentos agendados: “Fizemos uma coletiva logo no começo da pandemia. E ocupamos um espaço de mídia muito grande, acho que as pessoas queriam, pelo menos, alguma notícia positiva”, Rawicz conta.
Um desses lançamentos é o modelo E-Tron, que se tornou o carro elétrico premium mais vendido no Brasil em menos de cinco meses desde o início das vendas. Segundo Cláudio Rawicz, o sucesso se deu pela oportunidade que a empresa aproveitou: “Era um momento em que nenhuma montadora premium estava lançando novos modelos. A mídia especializada precisava de novos assuntos e os consumidores estavam querendo uma novidade”.
Cláudio enxerga com grandes expectativas o futuro dos carros elétricos: “O mercado é ainda pequeno no Brasil, mas vai expandir muito. Vamos instalar 200 carregadores pelas cidades brasileiras até o final de 2021. E isso é mais do que o suficiente, porque 90% das cargas desses carros são feitas em casa. Eles são o pico da conveniência, do conforto e do luxo”, avaliou.
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O entrevistado ainda lembrou: “As pessoas ainda tem muita dúvida sobre a funcionalidade dos carros elétricos, mas a verdade é: eles são muito mais éticos, tecnológicos, gostosos de dirigir e mais econômicos”.
Apesar de já ter uma história centenária e consolidada internacionalmente, a Audi é consideravelmente jovem no mercado brasileiro, com apenas 26 anos. Mesmo assim, segundo Rawicz, a estratégia comercial da fabricante já a tornou uma das empresas mais competitivas no cenário, e muito ainda está por vir. “Estamos em um momento muito especial, tenho certeza de que nenhuma outra empresa premium do Brasil tem tantas novidades para chegar como a Audi”, declarou.
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