Um lote de 5,4 mil litros de insumos da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, deve chegar ao Brasil na quarta-feira da próxima semana (3) e o Instituto Butantan levará 20 dias para transformá-lo em 8,6 milhões de doses da vacina, que serão entregues ao Ministério da Saúde, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Covas disse ainda que o processo de liberação de mais 5,6 mil litros de insumos pelo governo da China está sendo acelerado, sem precisar, no entanto, uma data de chegada desse outro lote ao Brasil.
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“Nós já tivemos a sinalização de que a liberação desses lotes será feita de uma maneira muito rápida, começando por esses 5.400 litros que foram anunciados no dia de ontem e que chegarão com previsão na próxima semana, no dia 3 de fevereiro”, disse Covas após reunião de autoridades do governo de São Paulo, entre elas o governador João Doria (PSDB), com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
“Na sequência um outro volume de 5.600 litros, que também foi mencionado pelo embaixador e que também está em processo adiantado de liberação. Com esses dois lotes, totalizando 11 mil litros, nós regularizaremos as nossas entregas ao ministério e o restante que deverá vir dentro do que já está planejado até o final de abril, totalizando as 40 milhões de doses que temos contratadas até este momento.”
Após a chegada do primeiro lote de insumos na quarta-feira da próxima semana, Covas disse que o Butantan levará 20 dias para entregar ao Ministério da Saúde cerca de 8,6 milhões de doses da CoronaVac para o Programa Nacional de Imunização (PNI).
O acordo do Butantan com a Sinovac prevê inicialmente 46 milhões de doses até abril –6 milhões importadas prontas já entregues ao Ministério da Saúde e 40 milhões que serão envasadas no Brasil. Além das entregas já feitas, Covas disse que parte de um novo lote aprovado pela Anvisa na sexta-feira passada (17) começarão a ser enviadas ao ministério a partir da próxima sexta-feira (29).
“Existe a possibilidade de um adicional de 54 milhões de doses, mas para isso precisamos de uma manifestação do Ministério da Saúde. Na última sexta-feira enviei ofício solicitando essa manifestação para que nós possamos planejar essa produção”, afirmou o presidente do Butantan.
Em coletiva recente, Covas afirmou que mil litros de insumos resultam em 1 milhão de doses. Nesta terça, entretanto, ele afirmou que os lotes previstos devem resultar em cerca de 17,2 milhões de doses, não em 11 milhões como havia dito anteriormente.
Segundo ele, a regulamentação internacional determina que uma dose da vacina deve ter 0,62ml, embora uma dose da CoronaVac seja de 0,5ml. Com isso, de acordo com Covas, se houver precisão na hora da retirada da dose do frasco para aplicação, é possível aplicar mais doses.
“Se houver precisão na hora da retirada do 0,5ml… um frasco rende não só 10, ele rende 12 doses”, afirmou.
Covas afirmou ainda que uma nova fábrica do Butantan, que produzirá integralmente a CoronaVac sem necessidade de importação de insumos, cujas obras devem ser concluídas no final de setembro, deve começar a operar no início de 2022. (Com Reuters)
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