Os preços do bitcoin e de criptomoedas dispararam na última semana, adicionando enormes US$ 500 bilhões ao mercado de cripto em questão de dias. A cotação do bitcoin ganhou cerca de US$ 10.000, com a moeda digital subindo para US$ 56.000, um nível não visto desde a sua grande queda em maio deste ano.
Mesmo nesse contexto de alta, aempresa de investimento fundada pelo lendário gerente de fundos George Soros revelou que está investindo em bitcoins. “Temos algumas moedas, não muitas”, disse a CEO da Soros Fund Management, Dawn Fitzpatrick, à Bloomberg esta semana. “As moedas em si não são tão interessantes quanto os possíveis usos de DeFi [finanças descentralizadas] e coisas desse tipo”.
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A popularidade do DeFi – a ideia de que os serviços financeiros tradicionais podem ser recriados usando tecnologia de criptografia – ganhou força em 2021 e impulsionou o preço do ethereum e de outras criptomoedas.
“Não tenho certeza se o bitcoin é visto apenas como uma proteção contra a inflação“, acrescentou Fitzpatrick. “Eu penso que ele cruzou a fronteira e se tornou mainstream”.
Em março, a CEO dos fundos de George Soros disse que o criptoativo estava em um “ponto de inflexão” depois que seu preço atingiu níveis nunca antes vistos. “O bitcoin poderia ter permanecido como um ativo marginal, não fosse o fato de termos aumentado a oferta de dinheiro nos EUA em 25%”, disse ela.
A inflação ainda é um grande impulsionador do interesse pelo bitcoin, de acordo com analistas do JPMorgan. Eles escreveram em nota que a última alta do preço da moeda digital se deve, pelo menos em parte, a investidores institucionais que buscam se proteger contra a inflação.
“O ressurgimento de preocupações com a inflação entre os investidores renovou o interesse no uso do bitcoin”, escreveram os analistas, acrescentando que os investidores estão vendo o criptoativo como “uma proteção melhor do que o ouro”.
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Na última semana, o gigante de Wall Street Bank of America disse que o bitcoin e as criptomoedas agora se tornaram “grandes demais para serem ignorados”, juntando-se assim a JPMorgan, Goldman Sachs GS e o Citi nos serviços e negociação de bitcoin.
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