Nesta terça-feira (8), o Ibovespa caiu 0,26% e fechou a 119.068,65 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 20,06 bilhões. O mercado acompanhou o movimento pessimista das bolsas no exterior, enquanto o Banco Central afirmou que considera “pouco provável” uma intensificação no ritmo de cortes da Selic.
Em ata divulgada nesta terça-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC afirmou que “julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes”. O documento acrescentou que essa aceleração “exigiria surpresas positivas substanciais que elevasse ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva do país.”
Segundo Charo Alves, especialista da Valor Investimentos: “Os próximos movimentos do Banco Central ainda não estão tão claros assim, com algumas questões globais ainda em pauta. Eles adotaram uma postura mais conservadora, e o mercado ficou coagido, pois esperava por uma ata mais otimista. Mas o tom geral ainda foi de bastante cautela.”
Destaques do dia
Liderando as quedas, as ações da Dexco (DXCO3) e da Petz (PETZ3) caíram, respectivamente, 5,26% a R$ 9,01 e 5,23% a R$ 6,52, em uma sessão negativa para o setor de varejo como um todo. A Petz recuou também tendo no radar o resultado trimestral previsto para a quinta-feira (10), após o fechamento do mercado.
Na ponta positiva, a Yduqs (YDUQ3) e a Cogna (COGN3) subiram 3,99% a R$ 22,66 e 3,31% a R$ 3,43. Segundo Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos:”o setor de educação foi impulsionado com a expectativa de mais quedas de juros nas próximas reuniões, que foi reforçada na ata do Copom, e é benéfica para o setor”.
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No exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram com as ações do setor financeiro, depois que a Moody’s, uma subsidiária de classificação de crédito de títulos norte-americana, cortou as notas de crédito de vários bancos pequenos e médios e disse que poderia rebaixar alguns dos maiores credores do país.
A agência cortou as classificações de 10 credores em um degrau e colocou seis gigantes bancários, incluindo Bank of New York Mellon, US Bancorp , State Street e Truist Financial, em análise para possíveis rebaixamentos.
Na Europa, os índices acionários caíram depois que bancos italianos foram pressionados após o governo do país aprovar um imposto de 40% sobre os credores. Porém, um salto nos papéis da farmacêutica Novo Nordisk após dados positivos sobre seu medicamento para obesidade ajudou a limitar as perdas. O setor de bancos da zona do euro recuou 3,5% em seu pior dia desde março.
(Com Reuters)
Confira bancos americanos que decretaram falência
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Foto: Reprodução/ Forbes EUA First Republic Bank
Data da falência: 01/05/2023
Total de ativos: US$ 229,1 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Silicon Valley Bank
Data da falência: 10/03/2023
Total de ativos: US$ 209 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Signature Bank
Data da falência: 12/03/2023
Total de ativos: US$ 118 bilhões -
Foto: Reprodução/ Forbes EUA Silvergate Capital
Data da falência: 08/03/2023
Total de ativos: U$ 11 bilhões
First Republic Bank
Data da falência: 01/05/2023
Total de ativos: US$ 229,1 bilhões