A arrecadação do governo federal teve alta real de 10,46% em maio sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 202,979 bilhões, maior arrecadação para o mês desde o início da série, em 1995, informou a Receita Federal nesta terça-feira.
O dado veio um pouco acima dos R$ 199,726 bilhões estimados por economistas em pesquisa da Reuters.
No acumulado de janeiro a maio, a arrecadação cresceu 8,72% acima da inflação, a R$ 1,090 trilhão, também o maior da série.
Segundo a Receita, o desempenho positivo do mês, que assegurou o sexto recorde mensal consecutivo para as receitas, foi influenciado pelo “comportamento das variáveis macroeconômicas”, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação de fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior.
Por outro lado, pela primeira vez o fisco mencionou uma perda substancial de arrecadação com a decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, que gerou o diferimento de R$ 4,4 bilhões em tributos federais que seriam recolhidos no mês passado.
A atualização de bens e direitos no exterior, em particular, contribuiu para uma alta de 44,82% na arrecadação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) ao levantar R$ 7,2 bilhões.
A tributação sobre fundos exclusivos, que desde o início do ano tem estado presente como um fator positivo para o desempenho da arrecadação após sua aprovação pelo Congresso no ano passado, gerou cerca de R$ 820 milhões em receitas em maio.
Em maio, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 10,40% em valor ajustado pela inflação frente a um ano antes, a R$ 196,7 bilhões. No período de janeiro a maio de 2024, o ganho foi de 8,74%, totalizando R$ 1,035 trilhão de reais.
Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, avançaram 12,60% em maio frente ao mesmo período de 2023, a R$ 6,3 bilhões. No acumulado de janeiro a maio, esses recursos tiveram alta real de 8,41%, totalizando R$ 54,9 bilhões.
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O desempenho da arrecadação ajuda o governo na busca pelo déficit primário zero neste ano. A equipe econômica tem contado essencialmente com ganhos de receita para melhorar a trajetória fiscal.