Não há dúvidas de que, para manter uma empresa de pé, é preciso investir em muito trabalho, organização e, na maioria das vezes, algumas normas burocráticas, que, sem dúvida, ajudam a construir a cultura e os valores de uma companhia. No entanto, a partir do momento em que essas regras atrapalham o rendimento profissional dos funcionários, elas devem começar a ser questionadas.
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Em muitos casos, alguns empresários não se dão conta de que certas políticas de trabalho podem fazer de um ambiente corporativo um lugar extremamente inóspito e difícil de se trabalhar. Um exemplo disso é quando as empresas começam a criar regras hostis, na tentativa de impedir que alguns de seus trabalhadores se comportem de forma preguiçosa e estranha. Elas não percebem, no entanto, que algumas atitudes podem prejudicar mais do que colaborar para o funcionamento de suas equipes.
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Para desvendar algumas dessas políticas mal pensadas, Travis Bradberry, escritor norte-americano especializado em questões de inteligência emocional, reuniu oito exemplos práticos de regras corporativas ruins, capazes de deixar qualquer um louco. Veja na galeria de fotos quais são elas:
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Restringir o uso da internet
É claro que existem certos sites que nunca devem ser visitados durante o trabalho, como páginas de pornografia e outros conteúdos impróprios a um ambiente corporativo. No entanto, a partir do momento em que esses portais são bloqueados pela internet da corporação, fica difícil traçar uma linha entre o que será permitido ou não dentro da empresa.
O que muitos gerentes e supervisores ainda não se deram conta é que seus funcionários deveriam ser livres para usar a web como ferramenta de lazer durante seus intervalos e momentos de descontração, o que significa não restringir o tipo de pesquisa. Isso pode acabar passando a sensação de que os profissionais estão limitados a lidar com o trabalho que eles exercem todos os dias.
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Requerimentos de presença
Os profissionais devem receber seus salários pelo trabalho que realizam e não pela quantidade específica de horas que passam dentro da empresa todos os dias. Portanto, quando um chefe reclama de funcionários que atrasam 15 minutos, mesmo sabendo que esses indivíduos apresentam ótimos resultados no final do mês, a mensagem que ele passa é que o cumprimento de burocracias é mais importante do que o desempenho profissional.
Além disso, quando as companhias são desnecessariamente rigorosas e passam a exigir comprovantes de faltas por motivos de saúde, por exemplo, dão a impressão de que não confiam em seus funcionários e não se importam com o bem-estar deles.
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Políticas de “censura” de e-mails
Apesar de recente, uma das regras cada vez mais comuns nas companhias é a política que restringe o conteúdo de certos e-mails antes que eles sejam enviados.
Novamente, essa é uma das coisas que fazem alguns profissionais se questionarem sobre a confiança e autonomia que eles recebem de seus chefes. Isso pode desgastá-los cada vez mais durante suas rotinas de trabalho, a partir do momento em que eles se sentem “censurados” até mesmo na hora de enviar uma mensagem a um colega ou cliente.
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Limitar o uso do banheiro
Limitar o uso do banheiro é coisa do século passado. Se um chefe aplica esse tipo de política como regra da empresa, isso significa que ele acredita estar lidando com robôs, e não com pessoas. Portanto, quando uma companhia restringe certas liberdades básicas a suas equipes, ela deve ter consciência de que seus integrantes estão contando os dias para arrumar outro emprego.
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Tentativas de correções de vocabulário
Manter altos padrões de vocabulário entre funcionários para garantir um ambiente de trabalho digno e sério é o mínimo que se espera de uma boa empresa. No entanto, quando os supervisores de uma companhia passam a corrigir cada palavra que sai da boca de seus profissionais, criam um ambiente incômodo e tenso, que acaba atrapalhando na comunicação geral das equipes e causando desconforto a muitos trabalhadores.
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Aplicar o uso de rankings de desempenho
O que pode parecer um estímulo, muitas vezes não passa de estratégia para alcançar cada vez mais resultados. Quando uma empresa, por exemplo, força seus funcionários a se encaixarem em um sistema que ranqueia seus desempenhos, isso pode fazê-los se sentir muito incomodados.
Primeiro, porque já está mais do que provado que este método não é capaz de avaliar efetivamente a performance de um profissional. Em segundo lugar, o processo pode fazer com que os trabalhadores se sintam como números. E, por fim, porque é possível que esse sistema crie insegurança e insatisfação nos funcionários, a partir do momento em que eles se sentem pressionados e incompreendidos por um “programa de avaliação” totalmente racional e pouco realístico.
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Banir o uso de celulares pessoais
Outro caso de regra que interfere na autonomia de profissionais e acaba prejudicando seus rendimentos é o banimento do uso de celulares durante o período de trabalho. Em vez de impedir que seus funcionários façam telefonemas pessoais, as empresas deveriam começar a se preocupar em contratar pessoas qualificadas e treiná-las para que elas não precisem ser proibidas de nada, e sim tenham autonomia para perceber se certas atitudes vão ou não prejudicar seu desempenho no trabalho.
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Impedir que os funcionários se expressem de formas diferentes
Muitas empresas costumam controlar o que seus funcionários levam ao ambiente de trabalho, como fotografias, que acabam coladas em suas mesas, e até mesmo a forma como eles se vestem. Mais uma vez, esta é uma questão de contratação e não de proibição, já que, uma vez que se contrata profissionais sérios e qualificados, eles irão se portar e se vestir como tais.
Se alguém está se comportando de forma inadequada, é papel do gerente orientar esta pessoa a agir de maneira correta, e não impor regras que façam a equipe inteira se sentir impossibilitada de fazer suas próprias escolhas.
Restringir o uso da internet
É claro que existem certos sites que nunca devem ser visitados durante o trabalho, como páginas de pornografia e outros conteúdos impróprios a um ambiente corporativo. No entanto, a partir do momento em que esses portais são bloqueados pela internet da corporação, fica difícil traçar uma linha entre o que será permitido ou não dentro da empresa.
O que muitos gerentes e supervisores ainda não se deram conta é que seus funcionários deveriam ser livres para usar a web como ferramenta de lazer durante seus intervalos e momentos de descontração, o que significa não restringir o tipo de pesquisa. Isso pode acabar passando a sensação de que os profissionais estão limitados a lidar com o trabalho que eles exercem todos os dias.