Resumo:
- Mulheres que administram empresas ou estão interessadas em fazê-lo precisam complementar sua leitura com obras específicas;
- Dana Kanze, doutoranda na Columbia Business School, conta que os investidores perguntam às mulheres sobre riscos para seus negócios, enquanto aos homens, sobre oportunidades;
- Empreendedoras precisam ser mais resilientes, além de ter de lidar com mais rejeição do que seus colegas do sexo masculino.
Há muitos livros brilhantes sobre empreendedorismo, que me ajudaram a iniciar minha jornada em startups. No entanto, há algumas diferenças quando você é uma fundadora, razão pela qual mulheres que administram empresas ou estão interessadas em fazê-lo precisam complementar sua leitura com obras específicas.
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Mulheres normalmente recebem uma quantia desproporcionalmente pequena de financiamento: 2% do dinheiro de capital de risco investido em 2019 foram para fundadoras nos Estados Unidos. O valor equivalente, no Reino Unido, é de apenas 1%. Em uma recente palestra no TED, Dana Kanze, doutoranda na Columbia Business School, contou que os investidores perguntam às mulheres sobre riscos para seus negócios, enquanto aos homens, sobre oportunidades.
Embora nem todas as empresas precisem de financiamento para crescer, todo empreendedor deve convencer os outros do potencial de seus negócios, e o condicionamento social e o preconceito inconsciente tornam isso mais difícil. Empreendedoras precisam ser mais resilientes, além de ter de lidar com mais rejeição do que seus colegas do sexo masculino. Ainda que isso faça com que a jornada seja mais difícil, muitas mulheres superaram obstáculos para construir grandes negócios. Ter tempo para aprender conselhos práticos específicos de outras fundadoras e encontrar inspiração no seu sucesso é energizante e útil.
A maioria dos problemas que fundadores experienciam já foram resolvidos por alguém antes. Isso torna a jornada de empreendedorismo bem mais fácil e menos solitária, já que há conselhos daqueles que passaram pelas mesmas questões. Se o caminho para as empreendedoras é, sem dúvida, mais difícil, há livros que mostram que nada é impossível.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 5 melhores livros para empreendedoras:
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“Why Women Don’t Ask: Negotiation and the Gender Divide” (“Por que mulheres não pedem: negociação e divisão de gênero”, em tradução livre), de Linda Babcock e Sara Laschever
Segundo um estudo apresentado no livro, homens pedem o que querem quatro vezes mais do que as mulheres. Isso significa que é mais provável que eles o consigam a longo prazo: maiores salários, melhores oportunidades e valorização. Ao contrastar os comportamentos de homens e mulheres, no contexto corporativo, as autoras mostram que “mais” significa ser mais negociável do que parece a princípio. Atitudes masculinas e femininas também diferem quando se trata de negociação: elas se preocupam mais com o impacto que os pedidos terão em seus relacionamentos, portanto, pedem menos do que querem ou trabalham mais para provar que são dignas de obtê-los. Ao mostrar que a negociação é possível e até mesmo esperada em certos contextos, este livro me fez pedir cada vez mais.
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Divulgação “Você Intraempreendedor: Monetize Suas Habilidades, Crie Várias Fontes de Renda e Tenha Sucesso”, de Dorie Clark
Este livro fala sobre como monetizar sua expertise por meio de vários fluxos de receita e pode ser aplicado a uma empresa ou a um indivíduo. Dorie Clark oferece dicas práticas sobre como construir sua marca pessoal, oferecer serviços de consultoria e gerar receita com uma lista de e-mail.
A obra é útil para empreendedoras em tempo integral, ou aquelas que estão interessadas em gerar renda extra fora de seu emprego formal. Assim como os conselhos práticos oferecidos, também é interessante ver como a autora foi do jornalismo, uma profissão com rendimentos decrescentes, para uma carreira de portfólio empresarial altamente remunerada.
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Divulgação “How To Be An Overnight Success” (“Como ser um sucesso da noite para o dia”, em tradução livre), de Maria Hatzistefanis
A fundadora da Rodial, empresa de cuidados para a pele, escreve sobre como construiu duas marcas globais de beleza depois de ter sido demitida de um banco de investimento. Este livro é especialmente útil para mulheres que trabalham com varejo, já que Maria Hatzistefanis fala em detalhes sobre como escolheu o nome da marca e o que fez para posicionar sua nova companhia entre empresas estabelecidas como Dior, que têm grandes orçamentos de marketing. Também oferece conselhos práticos para empreendedorismo em geral, incluindo como entrevistar candidatos, quando assumir riscos e como cuidar de si mesma a longo prazo em um trabalho muito estressante.
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Divulgação “Leave Your Mark” (“Deixe a sua marca”, em tradução livre), de Aliza Licht
Aliza Licht é uma RP especialista em moda e, também, a mulher que criou a conta anônima @DKNYPRGirl no Twitter, que tinha mais de meio milhão de seguidores no auge do sucesso. O livro é especialmente bom para aprender sobre como criar uma marca pessoal, administrar suas redes sociais, fazer networking para estabelecer boas conexões e se apresentar como uma profissional polida.
Se sua empresa está na área de tecnologia ou no varejo, a imagem do fundador é importante. Especialmente nos estágios iniciais, a companhia é seu criador e vice-versa. As mulheres são mais julgadas que os homens por suas imagens e têm menos espaço para errar. Faz parte da responsabilidade profissional de um fundador fazer uma escolha consciente sobre como quer ser visto, e este livro oferece boas reflexões.
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Divulgação “Mulheres Poderosas Têm Ambição”, de Heather McGregor
Empreendedora, colunista do “Financial Times”, autora e apresentadora de TV, Heather McGregor parece ter uma energia sem fim. Seu livro é cheio de conselhos que podem ser usados por empreendedoras ou mulheres que desejam crescer no mundo corporativo. A obra oferece dicas sobre a vida profissional e os snegócios, sobre quando as qualificações importam e como usá-las. Contudo, seus principais diferenciais são capítulos sobre alfabetização financeira, construção de uma terceira dimensão (fora do trabalho) em uma carreira e como gerenciar uma vida na qual você inevitavelmente deve fazer mais em seu tempo do que um homem. Uma vez que as mulheres geralmente têm uma maior proporção de responsabilidade em casa porque cuidam de crianças ou pais idosos, por exemplo, sugestões práticas sobre como lidar com isso, enquanto buscam uma grande carreira, são um grande diferencial do livro.
“Why Women Don’t Ask: Negotiation and the Gender Divide” (“Por que mulheres não pedem: negociação e divisão de gênero”, em tradução livre), de Linda Babcock e Sara Laschever
Segundo um estudo apresentado no livro, homens pedem o que querem quatro vezes mais do que as mulheres. Isso significa que é mais provável que eles o consigam a longo prazo: maiores salários, melhores oportunidades e valorização. Ao contrastar os comportamentos de homens e mulheres, no contexto corporativo, as autoras mostram que “mais” significa ser mais negociável do que parece a princípio. Atitudes masculinas e femininas também diferem quando se trata de negociação: elas se preocupam mais com o impacto que os pedidos terão em seus relacionamentos, portanto, pedem menos do que querem ou trabalham mais para provar que são dignas de obtê-los. Ao mostrar que a negociação é possível e até mesmo esperada em certos contextos, este livro me fez pedir cada vez mais.
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