Resumo:
- Ralph Lauren começou no setor em 1967 com um empréstimo de US$ 50 mil e uma linha de gravatas;
- O estilista entrou pela primeira vez na lista Forbes 400 em 1986, com um patrimônio de US$ 300 milhões;
- Na entrevista a seguir, ele começa falando sobre seu primeiro emprego em um loja de departamentos no Bronx.
Ralph Lauren entrou pela primeira vez na lista Forbes dos 400 norte-americanos mais ricos em 1986. A fortuna do estilista de roupas esportivas foi estimada, naquele ano, no patamar mínimo para aparecer na publicação – US$ 300 milhões -, graças à sua marca de roupas Polo. Depois de começar com um empréstimo de US$ 50 mil e uma linha de gravatas em 1967, Ralph Lauren criou um império de moda e estilo de vida que agora abrange uma infinidade de produtos.
“Gosto de ser rico, mas tento não pensar muito nisso”, disse ele à FORBES em 1986. “Esse tipo de coisa pode assumir o controle da sua vida.”
Agora, o estilista norte-americano acumula um patrimônio de US$ 6,3 bilhões e ocupa a 100a posição na versão 2019 da lista. Ele quebrou a barreira dos bilionários pela primeira vez em 1996, um ano antes de tornar pública sua empresa de moda homônima. Aos 79 anos, ainda atua como presidente executivo e diretor de criação da Ralph Lauren Corp..
Na entrevista a seguir, Ralph Lauren leva a FORBES de volta ao seu começo humilde e precoce no mundo do varejo:
FORBES: Qual foi o seu primeiro emprego?
Ralph Lauren: Meu primeiro emprego foi em um verão, durante o ensino médio, quando trabalhei na loja de departamentos Alexander’s, no Bronx, fazendo reposição das mercadorias devolvidas. Mais tarde, fui trabalhar no escritório de compras da Allied Stores postando pedidos e, depois, em uma empresa de luvas. Mas, antes de tudo isso, eu me lembro de ligar para uma agência de empregos. Eles me mandaram para a Saks ou para a Tiffany e, durante a entrevista, eu disse: “Escute, eu aceito o emprego, nem precisa me pagar. Eu vou mostrar que posso!”. Bom, eu não consegui o emprego na época.
F: Quem foram seus primeiros mentores?
RL: Havia pessoas que me inspiravam mas, na verdade, não eram realmente mentores. Eram pessoas que eu respeitava. Meus heróis foram atletas, astros de cinema e escritores como Ayn Rand. A sensibilidade emocional dos personagens que ela criou – homens e mulheres que acreditavam em si mesmos e em seus ideais. – era uma verdadeira inspiração. Então, grande parte da minha formação inicial veio desses personagens de livros e filmes que criaram uma vida e um mundo dos quais eu queria fazer parte.
F: Quando você ganhou seu primeiro milhão?
RL: Eu realmente não me lembro. Dinheiro não era algo que estava em minha mente. O que eu pensava no começo era como eu ia trabalhar e ganhar a vida. Há uma resposta que eu dei quando estava no ensino médio para aquela típica pergunta feita aos alunos do terceiro ano sobre o que seriam no futuro: “Um milionário”. Mas foi apenas uma dessas respostas impulsivas. Dinheiro não era o que eu procurava. O que eu queria era encontrar uma maneira de expressar todas as coisas que eu acreditava que tinha que dizer e fazer.
F: Que lições você tirou dessas primeiras experiências de trabalho?
RL: Essas primeiras experiências foram mais sobre ir além do mundo isolado em que eu vivia e ser exposto às diferentes maneiras pelas quais as pessoas pensam e agem. E, finalmente, aprender que o mais importante era entender quem eu era e no que acreditava e sempre me manter fiel a isso.
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