A rede social Tik Tok se tornou a mais nova plataforma propagando informações erradas e teorias da conspiração sobre o coronavírus, incluindo um vídeo que sugere falsamente que o governo chinês criou a doença como forma de controlar sua população.
O grupo de vigilantes Media Matters divulgou um relatório ontem (28) citando vários vídeos do Tik Tok que estão circulando sem nenhuma base factual e desmentindo teorias sobre o agravamento da crise de saúde. Alguns desses vídeos acusam, sem evidências, o ex-CEO da Microsoft Bill Gates de estar conectado ao surto do vírus pelo financiamento do instituto britânico Pirbright Institute.
LEIA MAIS: Empresas interrompem suas operações na China por causa do coronavírus
O instituto de pesquisa, que monitora doenças que infectam animais de fazenda e vírus que se espalham de animais para humanos, publicou um depoimento falando sobre as informações falsas. O Pirbright disse que tem uma patente que cobre o desenvolvimento de uma versão enfraquecida do coronavírus, que poderia potencialmente ser usada na criação de vacinas que impediriam que pássaros e outros animais pegassem a doença respiratória. “O Pirbright atualmente não trabalha com o coronavírus humano”, a entidade afirmou em nota.
O Tik Tok, que é da empresa chinesa ByteDance, disse na terça-feira que está tomando medidas para “se proteger da disseminação de informações erradas”, especificamente vídeos que ameaçam a comunidade, provocam medo ou ódio e que mentem para a sobre as eleições. O aplicativo de vídeos introduziu uma nova forma de a comunidade marcar vídeos com informações falsas. Rey Allie, expert em segurança e confiança estratégica do Tik Tok, disse que os moderadores, que estão em Los Angeles, irão revisar os posts e remover os vídeos não confiáveis se necessário.
O aplicativo, que é popular entre os adolescentes, disse em uma postagem de blog que trabalharia em conjunto com empresas terceirizadas e organizações de literatura de mídia, com o Poynter Institute, que já acusou o Tik Tok de não ser confiável por conta da disseminação deinformações erradas.
“Nossa comunidade não permite fake news que poderiam afetar nossos usuários ou o grande público”, disse um representante do Tik Tok. “Encorajamos que os usuários sejam respeitosos em conversas sobre assuntos que importam e removemos aqueles que tentam se passar por fontes de notícia confiáveis.”
O representante não quis responder quantos vídeos foram removidos até agora.
Outras companhias, como Facebook, Google e Twitter, estão tentando impedir que as fake news sobre a doença, que começou em Wuhan, na China, se espalhem. O vírus já se alcançou 17 outros países, incluindo os Estados unidos, de acordo com o centro de controle e prevenção de doenças norte-americano.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias