Há algum tempo, não existiam muitas maneiras de admirar pessoalmente a coleção de arte do Palácio de Buckingham. Para apreciá-las, a pessoa deveria ser um chefe de estado e ser convidado para uma recepção, quando, em algum momento, passaria pelas obras em meio a uma conversa formal. Também seria possível conhecê-las se a pessoa trabalhasse dentro do palácio, como aqueles funcionários reais uniformizados.
As pinturas retratam diversos monarcas e ficam penduradas na Picture Gallery. A sala foi criada em 1820 por John Nash, para que George 4º pudesse exibir as obras que comprou e outras que foram herdadas. A propriedade das peças que compõem a Coleção Real é complexa. Algumas que estão no Palácio de Buckingham são de posse pessoal dos monarcas, enquanto outras estão expostas em nome da população britânica.
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Atualmente, aqueles que visitam o Palácio de Buckingham periodicamente conseguem ver algumas peças da coleção. Mas, a partir de hoje (4) até janeiro de 2022, os visitantes terão acesso maior acesso às obras, já que elas serão exibidas na Galeria da Rainha na exposição “Obras de Arte do Palácio de Buckingham.”
A decisão de mudar as peças de lugar acontece porque o Palácio de Buckingham está passando por reformas que, segundo estimativas, podem levar até 10 anos para serem concluídas. Mas tornar o museu público será um grande benefício para esse testamento sobre mudanças das preferências dos monarcas britânicos.
Qualquer pessoa que tenha visto as pinturas no cenário original, pode dizer que Nash tinha mais talento para a arquitetura do que para galerias de arte. Isso porque aquelas pinturas renomadas pareciam ficar perdidas entre paredes douradas, lareiras e montes de papéis de parede.
A Galeria da Rainha, vizinha ao Palácio de Buckingham e próxima ao Estábulo Real, não é um templo minimalista. O prédio foi o lugar de uma capela bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. De qualquer forma, a estrutura mais modesta pode ser o cenário ideal para que essas pinturas extraordinárias finalmente brilhem.
Um dos destaques é “Lição de Música”, de Vermeer, pintado entre 1662 e 1665. Vermeer completou apenas 34 pinturas ao longo de sua vida e essa é uma das mais encantadoras: um cavalheiro em uma cena íntima que retrata o pintor desenhando um olho que enxerga a vida interior.
Também será possível ver uma das obras de arte mais reconhecidas de Rembrandt, o retrato de Agatha Bas de 1641. Começando pelo pintor, uma das mãos da pessoa sentada descansa sob a moldura e a outra mão a segura e forma um jogo que brinca com imagem e realidade. “O Construtor de Navios e sua Esposa”, de Rembrandt, foi pintado em 1669 e também estará em exposição. A obra retrata um jovem casal que está entre burgueses holandeses.
As obras incluem compras de monarcas, como Charles 1º e 2º. Charles 2º era fã da arte holandesa, por isso Rembrandt e o retrato de Franz Hal estão presentes na exposição, bem como o auto-retrato de Rubens, pintado em 1623. George 3º também teve uma coleção notável. A Coleção Real tem mais de 40 Canalettos e uma das obras do pintor que estará presente na galeria será “Baía de San Marco no Dia da Ascensão”. Outras obras expostas são: “Madonna e a Criança em uma Paisagem com Tobias e o Anjo”, de Titian, e o “Anjo e Cristo Curando o Paralítico”, de Van Dyke.
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