O caminho até o sucesso pode ser bem longo – principalmente para as mulheres. Apenas 4,6% dos cargos de CEO nas 500 empresas da lista S&P da Dow Jones são ocupados por mulheres, de acordo com dados do grupo de advocacia Catalyst. Isso não acontece porque as empresas têm poucas opções de mulheres em seu quadro de funcionários: elas são 45% da força de trabalho dessas companhias. No entanto, essa porcentagem cai a cada degrau escaladona hierarquia, o que significa que o número de mulheres candidatas a cargos importantes, como gerentes ou integrantes do conselho, tende a ser bem pequeno.
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Além de ser segregativo, essa diferença é ruim para os negócios. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, revelou que uma divisão igualitária de cargos entre os gêneros aumenta a receita da empresa em 41%. Já uma pesquisa da Catalyst mostrou que companhias com mais mulheres em seus conselhos têmmelhores desempenhos em vendas, títulos e investimentos de capital.
No Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado ontem (26/08), uma pergunta ficou no ar: como as mulheres podem se ajudar mutuamente a chegar ao topo em suas empresas? Robin Ely, professora da Harvard Business School, explica que novas pesquisas mostram que mulheres nos altos cargosquerem ajudar outras a subirem também – diferentemente do que prega a sabedoria popular, que acredita que elas competem entre si.
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“Mulheres bem-sucedidas estão comprometidas a impulsionar o avanço de outras mulheres, mas elas não sabem necessariamente como fazer isso”, contou Ely para o site Mashable.
Veja na galeria de fotos cinco dicas de como as mulheres podem ajudar umas as outras a chegar ao sucesso:
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Identifique – e denuncie – preconceitos sutis
Todas as pessoas podem ter estereótipos incorporados à sua visão de mundo, ainda que de forma subconsciente. Machismo no ambiente de trabalho é algo sutil, mas pode impedir que mulheres sejam promovidas. Ele pode estar presente, por exemplo, em políticas empresariais que aparentam neutralidade, mas que, na prática, implicam uma desvantagem paraas mulheres.
As líderes devem ser mulheres fortes, assertivas e confiantes, mas muitas vezes são rotuladas e criticadas por não corresponderem a um estereótipo feminino – as famosas “mandonas”.
Para combater esses preconceitos, as mulheres devem se educar, de acordo com Ely. E, para que isso aconteça, elas devem se juntar e conversar sobre suas experiências e possíveis soluções. Quando unidas, podem discutir com os chefes sobre as políticas empresariais e ajudar a melhorá-las.
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Torne-se uma mentora, não uma concorrente
Dentro de companhias, principalmente naquelas em que as mulheres são minoria, pode parecer tentador uma competição entre elas, mas isso é prejudicial. O sucesso de uma não significa a falha daoutra, muito pelo contrário: mulheres deveriam se engajar e se apoiar para crescer.
Uma forma fácil de fazer isso é se tornara tutora de alguém. Uma boa mentora pode dar dicas sobre carreira e suporte durante momentos difíceis. Não é preciso estar nos cargos mais altos para ajudar outra funcionária, basta estar um passo à frente na carreira, o que é ainda melhor, já que significa que a tutora foi promovida recentemente.
É possível ter mais de uma mentora, já que elas podem dar diferentes experiências e perspectivas. Algumas empresas têm seus próprios programas de tutela. Se a sua não tem, procure um fora ou peça conselhos para uma colega.
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Patrocine e apadrinhe mulheres
De acordo com Ely, mulheres têm muitos mentores e poucas madrinhas. Um mentor pode ajudar e aconselhar, mas não está na posição de influenciar na hora de uma promoção. A madrinha deve estar em uma posição de poder para advogar por você.
Mulheres em posições de destaque nas companhias devem ficar de olho aberto para detectar jovens promissoras, que podem ser boas protegidas, e buscar um relacionamento com elas. É difícil para uma mulher nova na empresa se destacar, então as mais antigas podem ajudá-las a acharem seu lugar. O papel das novatas é trabalhar duro e fazer sua rede de relacionamentos.
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Peguem leve umas com as outras
Enquanto mentoras e madrinhas podem ser importantes, no dia-a-dia as mulheres também devem se apoiar. Muitas delas, no começo, são duras com as mais velhas por terem expectativas muito altas, mas esquecem das dificuldades que as mulheres no topo já enfrentaram e aindaenfrentam, em grande parte das vezes, sozinhas.
Outras vezes, julgam as chefes por “falharem” de alguma forma como esposas e mães. Isso pode acontecer porque elas não estão abertas para falarsobre os caminhos que trilharam e as dificuldades até o sucesso. Para consertarisso, Ely sugere painéis para que essas mulheres discutam suas trajetórias e exponham os desafios e sacrifícios que enfrentaram para chegar ao topo.
Do outro lado da moeda, mulheres sênior podem esperar que as mais novas enfrentem os mesmos desafios que elas – quando o machismo era mais evidente e a situação do público feminino no ambiente de trabalho era ainda pior. Se foi difícil para você quando começou, não significa que deve ser difícil para todas.
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Ensine os homens a ajudar
Ainda são os homens que ocupam a maioria dos cargos de influência e, portanto, eles devem se engajar paratrazer mulheres para este meio. As mulheres que ocupam cargos parecidos têm a chance de ensinar aos homens sobre os desafios que elas enfrentam no ambiente de trabalho e mostrar porque os cargos de destaque devem ser divididos com elas.
As poucas que conseguiram chegar ao topo devem usar sua voz para mostrar a desigualdade de gênero em suas companhias – e educar homens que também estão no topo para que eles ajudem as mulheres.
Identifique – e denuncie – preconceitos sutis
Todas as pessoas podem ter estereótipos incorporados à sua visão de mundo, ainda que de forma subconsciente. Machismo no ambiente de trabalho é algo sutil, mas pode impedir que mulheres sejam promovidas. Ele pode estar presente, por exemplo, em políticas empresariais que aparentam neutralidade, mas que, na prática, implicam uma desvantagem paraas mulheres.
As líderes devem ser mulheres fortes, assertivas e confiantes, mas muitas vezes são rotuladas e criticadas por não corresponderem a um estereótipo feminino – as famosas “mandonas”.
Para combater esses preconceitos, as mulheres devem se educar, de acordo com Ely. E, para que isso aconteça, elas devem se juntar e conversar sobre suas experiências e possíveis soluções. Quando unidas, podem discutir com os chefes sobre as políticas empresariais e ajudar a melhorá-las.