A floresta amazônica registrou em junho o maior número de focos de incêndio em 14 anos, mostraram dados do governo hoje (1), em meio a temores de que uma seca extrema em muitas partes da região aumente as queimadas nos próximos meses.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 2.308 focos de incêndio na Amazônia brasileira em junho, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando os incêndios atingiram uma recorde em 13 anos.
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Embora a quantidade de incêndios do mês passado só represente uma fração daqueles vistos no auge da estação seca de agosto e setembro, ambientalistas temem que seja um sinal de algo pior pela frente.
“Com números altos de queimadas ainda no começo do verão amazônico, meses onde há uma diminuição natural das chuvas na Amazônia, esses números tendem a subir ainda mais”, disse o Greenpeace Brasil em comunicado.
Cientistas alertam que o clima seco no chamado “arco do desmatamento” da Amazônia e no Pantanal pode desencadear uma temporada de queimadas muito ruim. Hidrelétricas de todo o país têm relatado os menores influxos de água em 91 anos em meio a uma seca intensa, de acordo com o Ministério das Minas e Energia.
Os incêndios na Amazônia são majoritariamente causados pelo homem, uma vez que o fogo natural é extremamente raros. Geralmente, os madeireiros cortam árvores valiosas ilegalmente e depois grileiros ateiam fogo para abrir espaço ao gado. O fogo também pode ser usado como parte da agricultura tradicional.
O clima seco aumenta as chances de incêndios saírem de controle.
No começo desta semana, o presidente Jair Bolsonaro proibiu as queimadas legais durante 120 dias por precaução e prorrogou a presença dos militares para proteger a região amazônica dos incêndios e do desmatamento.
Estas medidas repetem outras adotadas em 2019 e 2020, que não diminuíram nem o desmatamento, nem os incêndios. Em todo o ano de 2020, os incêndios na Amazônia atingiram uma alta em quatro anos, e o desmatamento uma alta de 12 anos, de acordo com o Inpe. (Com Reuters)
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