Hábitos são tão poderosos quanto misteriosos. A maior parte de nossos comportamentos, tanto bons quanto ruins, é produto da formação de rotinas. Muito do que fazemos é no piloto automático, com estímulos contextuais do ambiente servindo como gatilho para conjuntos pré-programados de comportamentos que ocorrem sem que tenhamos consciência.
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Essa é uma ferramenta incrível da psicologia humana – um modo eficiente e econômico de agir que não requer o alto preço do pensamento consciente. É por causa dos hábitos que somos capazes de reservar nossa potência cerebral para as tarefas mais complicadas, aquelas que impulsionam nosso potencial de aprendizagem.
O elemento de mistério entra em cena quando pensamos em como os hábitos acontecem. Os componentes básicos de sua formação iludiram os cientistas comportamentais e os neurocientistas por décadas. Apenas recentemente começamos a entender os mecanismos cerebrais por trás deles.
Um ponto importante a se levantar é que a formação de hábito eficiente tem pouco a ver com o estabelecimento de objetivos. Na realidade, os estudos mostram que fazer as pessoas refletirem sobre seus objetivos as impede de formar bons hábitos. É por isso que muito da nossa rotina é ruim. Ela não se importa com o que nós (e nossos objetivos) consideram “bom” ou “ruim”, ocorre independentemente desse tipo de avaliação.
Ben Franklin, um homem de muito sucesso, reconheceu a importância disso quando falou: “O hábito é um dos princípios mais maravilhosos de toda a constituição humana. Sua função especial é fazer com que algo que antes era incômodo se torne prazeroso depois de certo tempo”.
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Como Franklin pontuou tão bem, os hábitos começam como pequenos comportamentos irritantes que, ao longo do tempo, tornam-se mais agradáveis. É ter esse impulso que torna a parte inicial da formação de uma rotina tão incrivelmente difícil.
As pessoas consideradas de alta performance sabem disso. Elas desenham suas vidas ao redor do que poderia ser chamado de “sistemas habituais baseados em estímulos”. Sistemas cuja função primária é aumentar as chances de um comportamento direcionado acontecer.
Veja, na galeria de fotos, quatro maneiras usadas pelos profissionais de alta performance para nivelar esses sistemas:
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iStock Eles criam novos hábitos confiando nos estímulos de seu ambiente
Quando decidem que uma mudança de comportamento precisa ser feita, profissionais de alta performance não se sentam e escrevem sobre as 10 melhores maneiras de alcançar determinado objetivo e então esperam que a mudança ocorra da noite para o dia. Eles são mais espertos do que isso. Voltam-se para os estímulos do ambiente que os cerca. B.J. Fogg, psicólogo de Stanford, diz: “Há apenas uma forma de mudar radicalmente o seu comportamento. Mude radicalmente o seu ambiente”.
Top performers sabem disso. Primeiro eles observam cuidadosamente o ambiente ao seu redor – seja físico, natural, social ou tecnológico – e identificam qual série de estímulos tem mais probabilidade de “liberar” o hábito, primeiro em sua mente e então, ao longo do tempo, em seu comportamento.
Em seguida, eles manipulam apenas os estímulos ambientais que os cercam, aqueles que eles sabem que farão com que o hábito se forme. Da mesma forma, eles removem os estímulos que tendem a impedir que o comportamento alvo ocorra.
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iStock Eles formam novos hábitos ao pensar nas consequências
Pessoas de alta performance são perceptivas em relação às recompensas associadas aos estímulos ambientais. Elas perguntam a si mesmas: “Qual nova recompensa pode ser adquirida ao implementar esse comportamento?” Se for altamente estimulante, elas esperam que o processo ocorra facilmente. Ou seja: o hábito terá mais probabilidade de se formar ao longo do tempo.
Se elas perceberem que a recompensa do comportamento alvo é frustrante, logo entendem que o novo hábito não tem chance de sobreviver. Nesses casos, elas podem experimentar mudanças em contextos ou estímulos para detectar quais produzem recompensas mais favoráveis.
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iStock Eles mantêm bons hábitos ao deixar as coisas estáveis
Ao saber da importância do meio ambiente, as pessoas de alta performance são igualmente cuidadosas para não interromper os sistemas que estão funcionando bem para elas. Para manter seus bons hábitos, elas sabem deixar certos estímulos contextuais no lugar.
Há um equilíbrio delicado entre mudar as coisas (perturbar o ambiente) e manter as coisas como estão (estabilizar o ambiente). Alcançar esse equilíbrio significa saber como efetivamente segmentar os diferentes elementos de sua vida.
Uma pessoa de alta performance, por exemplo, experimentará com prazer algo diferente em sua vida ou trabalho se estiver buscando formar um novo hábito. Mas não fará o mesmo em outra área em que os hábitos existentes já funcionem bem. Fazer isso é uma maneira certeira de matar um bom hábito.
O equilíbrio entre formação e manutenção de hábito é frequentemente um desafio. Profissionais de alta performance estão cientes desses desafios e navegam por eles com sabedoria. Formar uma nova rotina de exercícios, por exemplo, pode desligar a série de estímulos que mantêm a rotina de escrita de alguém. Elas sabem disso e são adeptas de otimizar para diferentes – e às vezes conflitantes – hábitos em suas vidas.
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iStock Eles quebram maus hábitos ao interromper sequências de estímulos
Pessoas de alta performance estão cientes de que nenhuma quantidade de objetivos ou resoluções vai quebrar um hábito. A interrupção de hábitos é impenetrável em relação a reinterpretação ou mudança rápida, não importa o quão sério um objetivo possa ser. Afinal, quantas vezes as pessoas juram que vão parar de fumar? A razão para isso é que os hábitos consistem em “traços de memória” profundamente enraizados no cérebro. A única maneira de interromper esses traços é interromper o processo em si.
Profissionais de alta performance fazem isso ao vigiar quais estímulos contextuais levam à ocorrência de um mau hábito. Eles miram na sequência de eventos que pode ser facilmente removidas e a corta de seu repertório comportamental.
Digamos, por exemplo, que alguém esteja tentando cortar uma compulsão por checar o email. Essa pessoa deve notar que o ato de olhar para o celular desperta uma sequência de estímulos que incita a checagem indesejada de email. Sabendo disso, eles removem o estímulo como um todo e interrompem a sequência: deixam o celular de lado, o desligam ou desativam aqueles aplicativos que facilitam a checagem do email.
Quando nós entendemos como os hábitos operam, podemos desenhar nossas vidas ao redor deles. Podemos escolher quais manter (os bons) e quais abandonar (os ruins).
Eles criam novos hábitos confiando nos estímulos de seu ambiente
Quando decidem que uma mudança de comportamento precisa ser feita, profissionais de alta performance não se sentam e escrevem sobre as 10 melhores maneiras de alcançar determinado objetivo e então esperam que a mudança ocorra da noite para o dia. Eles são mais espertos do que isso. Voltam-se para os estímulos do ambiente que os cerca. B.J. Fogg, psicólogo de Stanford, diz: “Há apenas uma forma de mudar radicalmente o seu comportamento. Mude radicalmente o seu ambiente”.
Top performers sabem disso. Primeiro eles observam cuidadosamente o ambiente ao seu redor – seja físico, natural, social ou tecnológico – e identificam qual série de estímulos tem mais probabilidade de “liberar” o hábito, primeiro em sua mente e então, ao longo do tempo, em seu comportamento.
Em seguida, eles manipulam apenas os estímulos ambientais que os cercam, aqueles que eles sabem que farão com que o hábito se forme. Da mesma forma, eles removem os estímulos que tendem a impedir que o comportamento alvo ocorra.
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