Ao longo de 18 anos na vida corporativa, apresentei muitas ideias novas sobre possíveis programas, produtos e serviços, bem como novas estratégias de marketing que pareciam promissoras. Alguns projetos foram recebidos com entusiasmo e avançaram, enquanto outros caíram em ouvidos surdos. E várias dessas novas iniciativas tiveram grande sucesso, o que gerou muito dinheiro e um sólido retorno do investimento feito. Mas outros nunca conseguiram a tração, o apoio ou o capital que precisavam para decolar. Claro, é preciso admitir: algumas ideais eram simplesmente ruins.
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Em minha vida empresarial, houve momentos em que acreditava tanto em algumas ideias ao ponto de pensar que nada me impediu de as colocar em prática. Nenhum feedback negativo meu levou a desistir, mesmo quando não havia suporte necessário para seguir.
Uma dessas experiências foi há 11 anos, quando comecei a escrever meu primeiro livro “Breakdown, Breakthrough” (“Demolir, Avançar”, em tradução livre), que explora as descobertas do meu estudo de um ano sobre as 12 crises “ocultas” que as mulheres enfrentam hoje no trabalho. Esses conflitos são extremamente dolorosos, debilitantes e confusos, mas surpreendentemente comuns. Minha pesquisa quantitativa mostrou que sete de cada 10 funcionárias passavam por pelo menos um dos 12 impasses e, em média, tinham três desses desafios ao mesmo tempo.
Depois de entrevistar mais de 100 profissionais em todo o país sobre as crises, senti que as descobertas e novas estratégias e soluções que poderiam resolvê-las eram de vital importância para as mulheres. Eu publicaria o livro de qualquer maneira. Apesar de 10 agentes o recusarem e oferecerem feedbacks negativos, que eu senti estarem errados (como “escreva sobre mulheres celebridades, e o livro vai vender”), perseverei da maneira que acreditava ser necessário e não aceitei as recusas.
Na mesma época, graças a um amigo que me apresentou a um colega que havia publicado um livro com um editor forte no segmento de liderança, lancei minha ideia, e me foi dada uma chance, sem apoio de agenciamento. Meu projeto pelo qual nutria paixão se tornou um sonho, e o livro foi publicado em setembro de 2008.
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Hoje, 10 anos depois, experimento o mesmo tipo de resistência a um novo projeto e, mais uma vez, não vou desistir.
Mas como saber quando devemos aceitar o feedback negativo que recebemos e fazer algo diferente ou simplesmente abandonar a ideia?
Ao trabalhar com muitas profissionais que têm projetos inovadores e poderosos, descobri que há três etapas úteis a serem seguidas quando sua ideia enfrenta uma forte resistência de “especialistas” no mercado, como sendo algo que não tem mérito ou potencial de lucro.
Veja na galeria de fotos a seguir, três passos para defender seu projeto, mesmo quando ninguém acredita nele:
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iStock 1) Avaliar o feedback sem ficar na defensiva
Será que os “especialistas” que criticam sua ideia, ao desqualificá-la, realmente possuem uma perspectiva bem informada que deve ser levada em conta? Eles conhecem muito sobre o tema e oferecem algo que você ainda não pesou? Compartilham importantes insights financeiros, de marketing, intelectuais ou outros que estão fora de sua própria perspectiva, mas que valem a pena serem considerados? Ou estão apenas limitados em seu pensamento, porque confiam no passado como um farol para o futuro?
Se eles estão muito presos ao que já funcionou e não em posição de arriscar e inovar, isso provavelmente significa que você deve manter a fé e continuar. Busque novos parceiros em potencial, que captem a sua perspectiva. Encontre apoiadores que tenham mais flexibilidade para avaliar e dar suporte ao seu projeto. É importante lembrar que os verdadeiros inovadores, inevitavelmente, vão muito além dos modelos e estruturas que foram considerados bem-sucedidos.
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iStock 2) Avalie sua capacidade de perseverar
Dê uma olhada no que será necessário insistir em seu projeto. Você dispõe do tempo, dinheiro e energia necessários para perseverar e tem a fé necessária para continuar? Seu projeto já foi recebido com apoio e sucesso em algum grau, mesmo que você esteja desanimado neste momento específico?
Se você não se sente disposto a jogar a toalha, honre este sentimento.
Por outro lado, para alguns inovadores e líderes de pensamento, perseverar por um projeto pelo qual somos apaixonados resultará em algum tipo de perda significativa, seja do dinheiro necessário para outros empreendimentos importantes, seja do foco em outras iniciativas críticas que manteriam o negócio próspero.
Se esse for o caso, você precisará avaliar sem emoção ou excesso de apego se perseverar com essa ideia pode prejudicar suas outras prioridades e metas.
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iStock 3) Você consegue se adaptar?
Por fim, questione a si mesmo se seu projeto pode ser adaptado para atender a todas as preocupações dos críticos. Você pode modificar a ideia de modo que ela se encaixe em sua visão final, mas também incorpore as principais mudanças que os especialistas acham necessárias? Esta adaptação ainda manterá a realização que deseja e aparenta quem você é e representa?
Em linhas gerais, é o seu projeto, as suas ideias e a sua visão. Honrar o que você toma para si como verdade é essencial para ter sucesso de uma maneira que traga recompensa e realização autênticas. Se os outros não entenderem seu propósito, isso geralmente diz muito mais sobre eles do que sobre sua iniciativa e personalidade. E isso pode significar que os outros estão muito presos à falta de visão de todas as possibilidades aplicáveis.
A chave é encontrar um equilíbrio saudável entre assimilar o feedback negativo de forma eficaz e se manter fiel às suas metas e visões finais.
1) Avaliar o feedback sem ficar na defensiva
Será que os “especialistas” que criticam sua ideia, ao desqualificá-la, realmente possuem uma perspectiva bem informada que deve ser levada em conta? Eles conhecem muito sobre o tema e oferecem algo que você ainda não pesou? Compartilham importantes insights financeiros, de marketing, intelectuais ou outros que estão fora de sua própria perspectiva, mas que valem a pena serem considerados? Ou estão apenas limitados em seu pensamento, porque confiam no passado como um farol para o futuro?
Se eles estão muito presos ao que já funcionou e não em posição de arriscar e inovar, isso provavelmente significa que você deve manter a fé e continuar. Busque novos parceiros em potencial, que captem a sua perspectiva. Encontre apoiadores que tenham mais flexibilidade para avaliar e dar suporte ao seu projeto. É importante lembrar que os verdadeiros inovadores, inevitavelmente, vão muito além dos modelos e estruturas que foram considerados bem-sucedidos.