Resumo:
- Ajudar o próximo deve ser encarado como algo tão indispensável quanto o trabalho;
- Ser prestativo faz com que as pessoas sejam menos egoístas e priorizem as necessidades de terceiros, sejam eles chefe, amigos, clientes ou familiares;
- As funções não devem competir entre si;
- As gratificações nem sempre são financeiras. Ser uma boa pessoa pode melhorar sua convivência e servir de exemplo ético e moral para quem está a sua volta.
Seu primeiro emprego é ajudar as outras pessoas. O segundo é seu trabalho atual. Quanto melhor você for no primeiro, mais fácil fica o segundo. Quando você pensa em sua carreira dessa forma, tudo a sua volta muda.
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O trabalho número um força você a valorizar os relacionamentos e pensar no outro. Em vez de priorizar o seu próprio interesse, você passa a priorizar o próximo: clientes, colegas e até mesmo seu chefe.
Saber como se tornar mais prestativo acaba se tornando o centro das suas ações. Você procura, constantemente, por novas formas de adicionar valor e, durante o processo, acaba sendo muito mais útil para as pessoas que estão ao seu lado.
Por exemplo: para o cliente, você é a pessoa que vai procurar satisfazer seus interesses em vez de empurrar, de maneira agressiva, produtos e serviços que ele não precisa.
O segundo emprego é como você consegue sua remuneração, sustenta sua família e cumpre as tarefas designadas por quem contratou você.
Esse é o ponto no qual muitas personalidades altruístas caem. As pessoas ficam tão obcecadas em ajudar que esquecem seus próprios compromissos. Em vez de agendar aquela reunião de assunto delicado, elas passam a manhã inteira ligando para os vizinhos para descobrir se alguém encontrou o gato perdido que pode – ou não – estar vagando pela vizinhança.
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Você quer ser útil, mas precisa trabalhar.
E é aí que está o motivo pelo qual é tão difícil entender que você possui dois empregos. Seu segundo trabalho tem metas prática e específicas. Possui prazos. Pode ser que até tenha pontos que não fazem sentido para você e o chateiem de vez em quando. “Por que meu chefe me obriga a enviar um relatório toda sexta-feira à tarde se nos reunimos toda sexta-feira de manhã?”, questiona.
A reflexão crítica
O emprego número 1 não compete com o número 2.
O emprego número 1 faz com que você seja muito melhor no emprego número 2.
Isso permite que sejam construídas relações mais fortes, conexões mais profundas. Faz com que você preste atenção nas pessoas e no mundo a sua volta, o que pode ajudá-lo a perceber como as coisas funcionam, independentemente das suas ações e presença.
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Mas, essa tática só funciona se você encarar o emprego 1 como um verdadeiro emprego de direito. Se você apenas se preocupar em ajudar pessoas que possam proporcionar benefícios em seu segundo emprego, você poderá ser visto como uma pessoa superficial e manipuladora. Você conhece o perfil: alguém que quer ajudar quando estamos ocupando um grande cargo, mas que nem sequer vai atender suas ligações quando precisar de uma indicação de emprego.
Não seja essa pessoa.
Leve seus dois trabalhos a sério. Invista a mesma energia em ambos. Desempenhe seu trabalho número 1 com paixão, mesmo que ele não proporcione retornos financeiros.
Nem toda recompensa é em dinheiro. Algumas atitudes são capazes de preencher sua alma, enriquecer sua comunidade e servir de exemplo para o tipo de comportamento que espera de seus familiares, amigos e colegas de trabalho.
Tenha orgulho igual de ambos os trabalhos. Se você é uma pessoa que gosta de fazer listas de tarefas, faça para ambas as ocupações. No final de cada semana, mês e ano, analise seu desempenho e conquistas nas duas posições.
Não é o bastante ser bem-sucedido no trabalho que paga suas contas. Essa seria uma visão muito estreita da razão pela qual você está neste mundo.
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