Resumo:
- Luciana Caletti é vice-presidente para a América Latina da empresa Glassdoor, que busca trazer transparência para o mundo corporativo;
- A especialista palestrou no segundo dia do FORBES Start, um palco do evento São Paulo Tech Week;
- Em seu discurso, a executiva ressaltou a importância da honestidade empresarial no momento de seleção de talentos;
- Temática pode influenciar produtividade e sucesso profissional.
A entrevista de emprego é o primeiro contato de uma possível relação duradoura entre uma empresa e um funcionário. É o momento em que as pessoas de ambos os lados se conhecem e de saber se a combinação entre elas pode trazer benefícios para as duas partes. Por isso, é essencial que esse momento seja o mais verdadeiro possível. A transparência empresarial é a base de uma companhia produtiva e lucrativa. Luciana Caletti, vice-presidente para América Latina da empresa Glassdoor, falou sobre o tema no palco do FORBES Start da última São Paulo Tech Week.
Luciana contou que a Glassdoor nasceu da busca pela transparência. Segundo ela, o objetivo principal da empresa é fazer com que as pessoas encontrem um trabalho que elas amem e que se encaixe em seus princípios. Atualmente, 55 milhões de funcionários compartilham na plataforma online informações sobre o seu ambiente de trabalho. Assim, formam uma rede de apoio capaz de responder às dúvidas de outros profissionais sobre as empresas ou instituições onde trabalham.
Embora Luciana ressalte o quanto essa clareza é essencial para o mundo corporativo, ainda é raro encontrar locais de trabalho que sejam assim tão honestos no momento de atração de talentos. A questão é que, como em um primeiro encontro romântico, os envolvidos na entrevista querem mostrar o seu melhor lado e, muitas vezes, acabam destacando qualidades que não possuem. Home office? Remuneração variável? Jornada flexível? Claro que possuem, mas apenas no momento da entrevista.
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O problema é que essa atitude pode gerar uma extrema frustração no candidato, que após começar na empresa percebe que suas expectativas estavam extremamente desconexas da realidade. Com isso, ele pode se sentir enganado e ir para o trabalho todos os dias acompanhado de um sentimento de decepção. Com tanta negatividade, ao primeiro sinal de desafio, esse colaborador não vai se doar por inteiro por uma companhia que mentiu para ele. Além disso, pode simplesmente se tornar improdutivo e continuar na vaga apenas pelo benefício salarial.
E os problemas não param por aí. A vice-presidente destaca o poder de uma cultura fixa para a companhia, como se fosse uma personalidade. É a partir dessa base cultural que se consegue encontrar os melhores talentos para o que você realmente precisa. “Se você tenta ser tudo para todo mundo, acaba não sendo nada para ninguém”, diz Luciana, acrescentando que é preciso conhecer os pontos fortes e fracos do seu negócio para atrair o melhor candidato para a vaga.
É um quebra-cabeça corporativo que precisa ser gerenciado. “Às vezes a vaga é ótima para um, mas não para outro. Depende de quem você é como pessoa e em que momento está na sua carreira”, ressalta.
Como benefício dos dois lados da relação, a sedução e a pressa para fechar um contrato de trabalho devem ser deixadas de lado. Para Luciana, uma das melhores ações para o gerenciamento de uma empresa é “ter a coragem de olhar para si, de se conhecer e trabalhar com a sua liderança para espelhar aquilo que você realmente é”.
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