Quando a vida nos dá uma rasteira, é normal sentirmos pânico, ansiedade e até dificuldade para dormir. O corpo pode entrar num estado defensivo e os dias parecem uma montanha-russa de emoções. Há uma preocupação constante sobre o que vai acontecer a seguir, o que desencadeia ações frenéticas, nem sempre práticas, para começar o próximo capítulo.
Por causa do desconforto extremo, a tentação é afastar nossas emoções e, no pânico da situação, aceitar qualquer trabalho que nos seja oferecido. Isso pode funcionar para aliviar a sensação de insegurança e ter as contas pagas no final do mês. No entanto, é uma estratégia que tem algumas desvantagens.
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Também há uma chance de você se perceber em um emprego que não deseja e, embora não sinta mais o pânico em relação ao futuro desconhecido, provavelmente ainda ficará com muitas questões internas não resolvidas sobre a situação pela qual está passando. Sair de um emprego nunca é fácil e há muito o que processar.
Veja, na galeria a seguir, três dicas para você superar esse difícil momento e seguir em frente:
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Kelvin Murray/Getty Images Conheça novas oportunidades
O futuro que você projetou para si mesmo não existe mais. Se você analisar de perto, há um processo de luto em andamento. Sair de um emprego, mesmo que por escolha própria, é uma perda que pode desencadear os mesmos estágios de luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. E, além da incerteza de não saber qual será o seu próximo passo na carreira, também pode haver uma forte autocrítica, comparações com outras pessoas, pensamentos de que poderia ter feito melhor ou algo diferente para evitar a situação atual. Pode haver muita autopunição, sentimento de não ser bom o suficiente, medo ou vergonha.
Você pode até conseguir se distrair por um momento, mas a dor e insegurança ainda estarão em sua mente. Você não pode realmente escapar do que está acontecendo.
Segundo a psicóloga e professora de mindfulness, Tara Brach, precisamos reconhecer nossos sentimentos e nos permitir senti-los – e não negá-los. Em vez de querer afastar as emoções, devemos deixar que elas aflorem. Isso não significa que vamos nos perder nelas, mas, se isso acontecer, tudo bem. De acordo com a especialista, essa postura nos ajuda a fazer uma pausa e reconhecer o que está acontecendo dentro de nós mesmos. Há muitos benefícios em fazer isso, principalmente entender que é possível viver com emoções. Tente adotar essa prática em vez de se distrair com o celular ou com outras atividades que evitam esse confronto com os sentimentos.
O próximo passo é fazer uma análise. O autor Byron Katie ensina a examinar seus pensamentos estressantes e entender se o que eles estão dizendo é ou não verdade. Como você falaria com um familiar ou amigo querido nessa situação? Você concorda com sua autocrítica dolorosa? Provavelmente não. A verdade costuma ser muito mais amorosa e gentil do que as coisas que dizemos a nós mesmos. E é um grande alívio enxergar isso com mais clareza.
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Izusek/Getty Images Descubra o que você realmente deseja
Em um estado de pânico, há uma tendência a aceitar qualquer trabalho que apareça, mas é muito importante analisar a oportunidade e ser criterioso. Sim, você quer outro emprego, mas que tipo de trabalho? Fazendo o quê? Se você já estava fazendo algo do qual realmente gostava, fica claro o que deseja fazer. Mas caso contrário, é uma boa oportunidade para fazer uma mudança para um novo emprego ou carreira que esteja mais alinhado com aquilo que você gosta e acha gratificante.
No entanto, isso vai exigir que você admita para si mesmo que o caminho que tem trilhado não é realmente o que deseja – e terá que descobrir qual é. A verdade pode ser dolorosa, mas traz um grande alívio. Ser honesto consigo mesmo vai lhe dar a chance até de realizar um sonho.
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Westend61/Getty Images Aprenda a lidar com a incerteza
Se o dinheiro ou outros fatores exigirem que você consiga um trabalho rápido, então aceite o emprego que apareceu. Tenha consciência de suas atitudes e fique de olho na oportunidade para o que você realmente quer fazer no futuro. É uma decisão pessoal, mas na medida em que você pode confortavelmente dedicar algum tempo para explorar novas possibilidades, terá uma chance maior de conseguir um trabalho que você realmente deseja.
Mas não se acomode. É necessário aprender a viver com a incerteza, aventurar-se no desconhecido e talvez até negar ofertas de empregos. Primeiro, desenvolva a prática de enfrentar suas emoções. Então, em vez de uma atividade frenética para “fazer algo acontecer”, tente ser mais consciente sobre seus movimentos. Procure as pessoas e oportunidades que o animam em vez de vasculhar na internet. Lembre-se: qualidade acima de quantidade.
Enquanto sua cabeça está criando um drama em relação ao que pode acontecer, lembre-se que, neste momento, você está bem. Se o medo é sobre o futuro, fique no presente. Por último, embora soe contraditório, mantenha um cenário macro em mente. Daqui a um ano – ou provavelmente muito antes –, tudo isso ficará para trás e você estará feliz por ter se esforçado para refletir sobre o que realmente queria e ter ido atrás para colocar em prática.
Conheça novas oportunidades
O futuro que você projetou para si mesmo não existe mais. Se você analisar de perto, há um processo de luto em andamento. Sair de um emprego, mesmo que por escolha própria, é uma perda que pode desencadear os mesmos estágios de luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. E, além da incerteza de não saber qual será o seu próximo passo na carreira, também pode haver uma forte autocrítica, comparações com outras pessoas, pensamentos de que poderia ter feito melhor ou algo diferente para evitar a situação atual. Pode haver muita autopunição, sentimento de não ser bom o suficiente, medo ou vergonha.
Você pode até conseguir se distrair por um momento, mas a dor e insegurança ainda estarão em sua mente. Você não pode realmente escapar do que está acontecendo.
Segundo a psicóloga e professora de mindfulness, Tara Brach, precisamos reconhecer nossos sentimentos e nos permitir senti-los – e não negá-los. Em vez de querer afastar as emoções, devemos deixar que elas aflorem. Isso não significa que vamos nos perder nelas, mas, se isso acontecer, tudo bem. De acordo com a especialista, essa postura nos ajuda a fazer uma pausa e reconhecer o que está acontecendo dentro de nós mesmos. Há muitos benefícios em fazer isso, principalmente entender que é possível viver com emoções. Tente adotar essa prática em vez de se distrair com o celular ou com outras atividades que evitam esse confronto com os sentimentos.
O próximo passo é fazer uma análise. O autor Byron Katie ensina a examinar seus pensamentos estressantes e entender se o que eles estão dizendo é ou não verdade. Como você falaria com um familiar ou amigo querido nessa situação? Você concorda com sua autocrítica dolorosa? Provavelmente não. A verdade costuma ser muito mais amorosa e gentil do que as coisas que dizemos a nós mesmos. E é um grande alívio enxergar isso com mais clareza.
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