Não está fácil manter a concentração no trabalho em tempos de home office. Além das distrações normais – mensagens no celular, notificações das redes sociais e barulhos dos mais variados ao redor -, boa parte da população está preocupada com a continuidade de seus empregos e políticas salariais.
A boa notícia é que não é preciso apelar para tratamentos caríssimos ou medicamentos de ponta para melhorar o foco, recuperar a concentração e reverter danos. Segundo a nutricionista Luna Azevedo, especializada em alimentação plant-based, a solução está mais perto do que imaginamos: mais especificamente dentro do prato. De acordo com ela, um corpo bem nutrido terá um funcionamento pleno, o que possibilitará uma disposição melhor para os compromissos do dia a dia, diminuindo a sensação de fadiga e potencializando o sistema imunológico.
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Além disso, os alimentos e a mente possuem uma relação direta que a ciência explica pela conexão entre um nervo que une o cérebro ao intestino. “Nosso organismo opera em total sinergia, portanto, quando nos alimentamos bem e temos um estilo de vida saudável, o corpo apresenta um bom funcionamento. Um exemplo muito importante dessa sinergia é a ligação direta, através do nervo vago, entre o cérebro e o intestino, o que significa dizer que quando nosso intestino não está bem, as chances de desenvolvermos sintomas cognitivos, de ansiedade e depressão, entre outros, aumentam. A mucosa intestinal produz neurotransmissores cerebrais e é responsável pela absorção de vitaminas, minerais e demais nutrientes, então manter uma microbiota e um intestino saudável é essencial para o bom funcionamento cerebral”, explica Luna. E é exatamente por isso que muitos especialistas chamam o intestino de segundo cérebro.
De acordo com a nutricionista, o efeito inverso também pode acontecer caso os alimentos escolhidos sejam associados à diminuição da atividade cerebral, como é o caso do álcool e do açúcar. Os energéticos também são considerados vilões já que, no longo prazo, acabam provocando o resultado contrário do esperado. “Eles mantêm o estado de alerta temporariamente, porém, quando o efeito da bebida passa, aumenta a sensação de cansaço, provocando sintomas de estufamento, perda de concentração, taquicardia, irritação, cansaço e sonolência”, afirma a especialista.
Veja, na galeria de imagens a seguir, 10 substâncias presentes nos alimentos que ajudam a melhorar a concentração, segundo a nutricionista Luna Azevedo:
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Jonathan Knowles/Getty Images 1 – Cafeína
A cafeína presente no café, chá verde e no chá mate atua como um estimulante do sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta e a atenção. Uma dose entre 200 mg e 400 mg (de duas a quatro xícaras) já é suficiente para notar melhorias no foco e na concentração. Algumas pessoas, no entanto, têm um perfil genético de metabolizadoras lentas de cafeína e devem tomar cuidado com possíveis efeitos colaterais como taquicardia, dificuldade para dormir e aumento de ansiedade.
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Junaid Rashid/Getty Images 2 – Ômega-3
O ômega-3 tem papel na fluidez da membrana neuronal, na síntese e nas funções dos neurotransmissores cerebrais, atuando na melhora do foco, da memória e da concentração. A substância também favorece a integridade do sistema imunológico, e o seu déficit ou ausência pode estar relacionado ao surgimento de deficiências visuais, problemas no aprendizado e no sistema motor. As suas principais fontes vegetais são a chia, a linhaça, sementes e nozes.
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Edelweiss Spykerman/Getty Images 3 – Ubiquinona
Estudos indicam que a CQ10 – presente em alimentos como espinafre, brócolis, feijão azuki, abacate, semente de gergelim e oleaginosas – possui efeito benéfico na concentração e na prevenção de doenças degenerativas A enzima diminui a ação dos radicais livres nas membranas e melhora a renovação e oxigenação das células do corpo.
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Elizabeth Fernandez/Getty Images 4 – Ginkgo Biloba
O uso do extrato da planta medicinal Ginkgo Biloba está relacionado à melhoria da memória, das funções cognitivas correlatas e da perda de atenção e cefaléias. Além disso, as folhas dessa árvore promovem o aumento do suprimento sanguíneo e a redução da viscosidade do sangue, diminuindo o acúmulo de radicais livres no tecido nervoso.
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Westend61/Getty Images 5 – Gengibre
O gengibre aumenta a atividade da acetilcolina, neurotransmissor diretamente ligado à regulação da memória, do sono e do aprendizado. Ele age através do bloqueio da placa beta-amiloide, responsável pela degradação dessa região cerebral.
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Westend61/Getty Images 6 – Canela
Além do seu poder estimulante, a canela é rica em flavonóides, tendo efeito antioxidante contra radicais livres, metais tóxicos e a peroxidação lipídica – todos responsáveis pela degeneração das células humanas. Seus efeitos estão relacionados à proteção dos neurônios e dos danos cerebrais.
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Michel Meijer/Getty Images 7 – Bacopa monnieri
A planta medicinal Bacopa monnieri contém triterpenos e saponinas que aumentam a atividade antioxidante em todas as regiões do cérebro. Segundo Luna Azevedo, ela é muito estudada e indicada na medicina ayurvédica, originada na Índia, com o objetivo de melhorar o aprendizado e aumentar a memória. Sua ingestão reforça os impulsos nervosos no cérebro, ajudando a reparar os neurônios danificados implicados no desenvolvimento das doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
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Westend61/Getty Images 8 – Abacate
O abacate possui selênio, luteína, colina e muitos outros compostos fundamentais para os nossos neurônios. A fruta apresenta nutrientes que aperfeiçoam as conexões neurais da chamada “rede de atenção dorsal do cérebro”, o que garante uma melhoria geral na concentração e no aprendizado.
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Anna Efetova/Getty Images 9 – Taurina
Presente na beterraba, nas leguminosas e nas nozes, é um aminoácido abundante na retina, no tecido muscular e no sistema nervoso central. Sua ingestão previne a degeneração de neurônios através do combate dos radicais livres.
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Mariano Sayno/Getty Images 10 – Ginseng
A parte da planta utilizada é a raiz, onde estão os chamados ginsenosídeos, cujo principal elemento é o ginsenosídeo RG1. Esta substância atua no sistema nervoso central promovendo uma melhora do fluxo sanguíneo cerebral e da atividade cognitiva, o que acarreta em melhorias na capacidade de concentração, memória, reflexo e energia.
1 – Cafeína
A cafeína presente no café, chá verde e no chá mate atua como um estimulante do sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta e a atenção. Uma dose entre 200 mg e 400 mg (de duas a quatro xícaras) já é suficiente para notar melhorias no foco e na concentração. Algumas pessoas, no entanto, têm um perfil genético de metabolizadoras lentas de cafeína e devem tomar cuidado com possíveis efeitos colaterais como taquicardia, dificuldade para dormir e aumento de ansiedade.
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