O impacto que a Inteligência Artificial vem causando no mundo do trabalho deve chegar a quase todas as profissões. Mas isso não quer dizer que todas elas irão acabar. Apesar do relatório do Goldman Sachs prevendo 300 milhões de empregos atingidos (só nos EUA e União Europeia) – e que a IA será capaz de gerar conteúdo capaz de fazer um quarto do trabalho realizado hoje por seres humanos, alguns profissionais sobreviverão. “A IA não deve ser encarada como uma ameaça apenas, mas como um agente que pode automatizar tarefas repetitivas”, diz Jordano Rischter, sócio da Wide, empresa de recrutamento voltada à alta gerência, em Porto Alegre (RS).
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Mesmo quem ocupa uma posição de liderança ou terminou o MBA está a salvo. Um contador ou um advogado em início de carreira pode estar mais na mira de ter parte de seu trabalho substituído pela IA do que um motorista de aplicativo, por exemplo, já que ainda não temos carros autônomos, mas temos a IA produzindo relatórios. “Funções que exigem habilidades sociais complexas, tomada de decisões, gerenciamento de conflitos e negociações entre pessoas ainda não podem ser desempenhadas pela Inteligência Artificial, mas acredito que quase todas verão algum tipo de transformação”, diz Fernando Pedro , diretor-geral da Assigna, empresa do Talenses Group, de recrutamento.
Aqui, algumas áreas, empregos e profissões que devem sobreviver à IA:
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1. Profissões que exijam criatividade
Empregos que demandam criatividade genuína. Não pensem em fotógrafos e designers pois a IA já vem dominando a estética e produzindo imagens satisfatórias para diversos fins. “Áreas que exigem uma visão criativa ou artística bastante apurada, como criar conceitos de campanhas de marketing, por exemplo”, diz Fernando Pedro, diretor-geral da Assigna, empresa do Talenses Group, voltado ao recrutamento de profissionais. -
2. Educação e desenvolvimento de pessoas
Funções que exigem habilidades sociais complexas, como cargos voltados para o desenvolvimento de pessoas, estão entre as que não devem ser substituídas tão cedo. “Educadores e professores não têm como ser substituídos com o que conhecemos hoje”, diz Jordano Rischter, sócio da Wide. -
3. Gestão de crises e negociações
Gerenciamento de conflitos e de crises, além de negociações complexas, dependem da capacidade humana de análise, algo que a Inteligência Artificial ainda não atingiu. Gestão de crise é também um assunto complexo que exige a coordenação de uma série de atores envolvidos no processo, bem como a análise rápida para importantes tomadas de decisão. -
4. Advogados, profissionais que lidam com questões morais e éticas
A área jurídica pode mudar com a automatização de tarefas. Hoje, há maneiras de usar a IA para produzir petições, por exemplo. Mas as áreas que exigem análise de um caso, por exemplo, e criação de estratégias, dependem do pensamento e experiência humana. -
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5. Profissionais de gestão estratégica
A Inteligência Artificial não tem como substituir o trabalho de quem pensa os caminhos de gestão das empresas, toma decisões rápidas e estratégicas. “De qualquer forma, em alguma parte do processo a IA pode contribuir, seja acelerando uma pesquisa, buscando outras fontes, ou realizando análises preditivas”, diz Fernando Pedro. -
6. Relações interpessoais complexas e cuidadores
Enfermeiros, psicólogos, médicos, jornalistas investigativos e outros empregos que exigem um conhecimento profundo das pessoas: a IA está muito longe de conseguir construir relacionamentos. -
7. Trabalhadores manuais
Empregos que exigem destreza e capacidade de resolução de problemas, como eletricistas e encanadores, não são fáceis de automatizar. Eles exigem que os profissionais lidem com questões que não são previsíveis e encontrem soluções únicas, o que a IA ainda não pode realizar.Homens se casam com garçonetes, auxiliares de enfermagem e secretárias
1. Profissões que exijam criatividade
Empregos que demandam criatividade genuína. Não pensem em fotógrafos e designers pois a IA já vem dominando a estética e produzindo imagens satisfatórias para diversos fins. “Áreas que exigem uma visão criativa ou artística bastante apurada, como criar conceitos de campanhas de marketing, por exemplo”, diz Fernando Pedro, diretor-geral da Assigna, empresa do Talenses Group, voltado ao recrutamento de profissionais.
Existem ainda os entraves financeiros para que essa tecnologia seja aplicada amplamente. Segundo um estudo do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), apenas 23% dos salários vinculados a tarefas relacionadas à visão (atividades ou problemas que envolvem o processamento e interpretação de informações visuais por sistemas computacionais, por exemplo) poderiam ser substituídos de maneira eficaz e financeiramente viável por IA no momento.