A inteligência artificial não é mais apenas uma ferramenta tecnológica. É um influenciador social significativo que já transformou a forma como trabalhamos, interagimos e nos comunicamos.
À medida que essa tecnologia se torna mais acessível e o seu potencial é reconhecido por organizações em todo o mundo, observamos a criação de um novo cargo: o de Chief AI Officer, ou diretor de inteligência artificial.
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Grandes empresas começaram a se movimentar para buscar pessoas com esse tipo de expertise. No entanto, a evolução da IA impacta todos os aspectos de uma organização, desde estratégia e operações até processos e cultura. Consequentemente, a responsabilidade pela IA não pode mais ser colocada em um único profissional ou departamento. Em vez disso, todos os líderes hoje precisam encarar a IA como um imperativo estratégico e uma competência fundamental.
Por isso, toda liderança deve se tornar um Chief AI Officer e assumir três funções críticas: de especialista, consultor e agente de mudança de IA.
3 funções que todo líder precisa assumir em relação à inteligência artificial
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1. Especialista em IA
Ame ou odeie, a inteligência artificial veio para ficar. Segundo uma pesquisa recente da empresa global de consultoria Korn Ferry, mais de 82% dos líderes seniores acreditam que a IA terá um impacto significativo nos seus negócios.
A Conference Board, organização global sem fins lucrativos que fornece pesquisas e insights para líderes, concluiu que 56% dos trabalhadores já usam IA generativa no trabalho. Isso significa que todo líder moderno precisa se tornar um especialista em IA – não necessariamente um especialista técnico, mas alguém que entenda o básico: o que a IA pode ou não fazer e como pode ser aplicada ao seu próprio trabalho.
Uma competência fundamental para os líderes hoje é a de identificar as oportunidades e os desafios que a IA pode trazer para o seu campo. Eles devem ter perspicácia para avaliar a viabilidade de soluções de IA para seus problemas específicos. Além disso, precisam monitorar o desempenho e o impacto dos sistemas de IA no negócio que lideram. Só assim eles vão conseguir guiar as organizações em meio às transformações da tecnologia.
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2. Mentor de IA
De acordo com um estudo recente da Associação Americana de Psicologia, 51% dos trabalhadores expressam preocupações com a possibilidade de a IA acabar com os seus empregos.
Essa apreensão está associada à saúde mental negativa e a sentimentos de desvalorização no trabalho. Uma possível razão para isso é que as organizações estão investindo principalmente na qualificação de líderes em IA, enquanto os funcionários da linha de frente podem se sentir deixados para trás. Isso ressalta a importância de cada líder se tornar um mentor de IA para as suas equipes.
Isso significa que eles vão avaliar a preparação das suas equipes em relação à tecnologia, orientar a sua utilização, definir expectativas claras e abordar riscos potenciais, como parcialidade, privacidade, segurança, potencial perda de emprego e conformidade.
E também vão defender o investimento no desenvolvimento de habilidades e na criação de uma cultura de aprendizagem contínua. Isso permitirá que os profissionais de todos os níveis se sintam apoiados e motivados para melhorar as suas competências em IA.
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3. Agente de mudança de IA
À medida que as organizações começam a usar a IA, torna-se mais importante que cada líder conduza um movimento pensando nas transformações resultantes dessa adoção.
Isso implica promover a colaboração com outros departamentos e funções para garantir a integração do trabalho e o alinhamento da visão para a utilização da IA. Além disso, os líderes terão de desempenhar um papel crucial no estabelecimento de diretrizes éticas, compartilhando as suas próprias lições aprendidas e abordando o impacto da IA não apenas nas suas equipes, mas também nos clientes e parceiros.
A realidade é que a adoção bem-sucedida da IA em grande escala exige líderes modernos que não só possuam competências de gestão de mudanças, mas também tenham a capacidade de implementar e sustentar as transformações em todos os níveis da organização. Isso inclui abordagens de cima para baixo, de baixo para cima e peer-to-peer, ao mesmo tempo que uma adaptação contínua em relação ao rápido ritmo de desenvolvimento da IA.
1. Especialista em IA
Ame ou odeie, a inteligência artificial veio para ficar. Segundo uma pesquisa recente da empresa global de consultoria Korn Ferry, mais de 82% dos líderes seniores acreditam que a IA terá um impacto significativo nos seus negócios.
A Conference Board, organização global sem fins lucrativos que fornece pesquisas e insights para líderes, concluiu que 56% dos trabalhadores já usam IA generativa no trabalho. Isso significa que todo líder moderno precisa se tornar um especialista em IA – não necessariamente um especialista técnico, mas alguém que entenda o básico: o que a IA pode ou não fazer e como pode ser aplicada ao seu próprio trabalho.
Uma competência fundamental para os líderes hoje é a de identificar as oportunidades e os desafios que a IA pode trazer para o seu campo. Eles devem ter perspicácia para avaliar a viabilidade de soluções de IA para seus problemas específicos. Além disso, precisam monitorar o desempenho e o impacto dos sistemas de IA no negócio que lideram. Só assim eles vão conseguir guiar as organizações em meio às transformações da tecnologia.
Liderar na era da IA exige uma nova estratégia – com olhar para a tecnologia e a inteligência artificial. Essa mudança não é apenas algo bem visto, mas um imperativo estratégico no mundo digital em rápida evolução de hoje.
*Sherzod Odilov é colaborador da Forbes USA. Sócio da Korn Ferry, ele tem mestrado em Comportamento Organizacional pela London School of Economics, com estudos sobre a influência da inteligência artificial na produtividade organizacional e na motivação dos funcionários.