Ela está em todas as casas da Calábria, nas floreiras das sacadas, penduradas para secar presas nas paredes e, naturalmente, nas cozinhas, onde é usada no preparo de uma série de pratos. O “peperoncino” (pimenta vermelha) é um verdadeiro símbolo da região, cultivado e adorado pelos calabreses, que o consomem diariamente e se orgulham ao compará-lo com a força e personalidade da raça.
Para se ter uma ideia de sua importância, um dos maiores eventos locais é chamado de “Peperoncino Festival” e se realiza anualmente de meados de julho até o final de julho, com uma série de apresentações itinerantes de arte, música e gastronomia.
É também considerado um talismã da sorte (são comuns os chaveiros com uma réplica da pimenta em forma de chifre) e é reconhecido por suas qualidades terapêuticas, graças à grande concentração de vitamina C.
Como se sabe, esta especiaria é originária das Américas e foi levada por Cristóvão Colombo para a Europa. E no final do século XVIII começou a fazer o caminho de volta, quando milhares de imigrantes calabreses trouxeram em suas malas a maior lembrança da terra que deixaram para trás.