Acaba de ser concluída na Europa uma das piores colheitas de oliva da história, que fez o preço do azeite atingir patamar recorde.
A safra 2014/2015, encerrada em setembro, teve queda de quase 30% na produção de azeite de oliva em relação à temporada anterior, ficando em 2,38 milhões de toneladas, segundo relatório do International Olive Council.
A queda foi decorrente, sobretudo, de uma epidemia da misteriosa bactéria Xylella fastidiosa- também chamada de Ebola das Oliveiras -, que dizimou plantações da Itália e atingiu também a Espanha, dois dos maiores produtores mundiais de azeite de oliva.
A praga atingiu principalmente as árvores centenárias de tradicionais regiões produtoras italianas, onde meio milhão de plantas foram vitimadas: na Umbria e na Toscana, a quebra de safra chegou a 95%. Na média, a Itália teve uma queda de 52% da produção, patamar idêntico ao da Espanha, que teve sua safra prejudicada ainda por uma seca rigorosa.
Com isso, na última semana de setembro, a cotação do azeite de oliva extra virgem alcançou 5,33 euros o quilo na Itália (alta de 30% em um ano e de 103% em relação ao início de 2014), enquanto na Espanha a alta de preço foi de 51% em um ano e 105% em relação ao início de 2014.
Para a safra 2015/2016 que está sendo deflagrada agora, o International Olive Council vê chances de recuperação, já que o auge da epidemia do Ebola das Oliveiras foi controlado. Os preços, no entanto, tendem a seguir salgados por alguns meses, porque não restaram reservas do produto com a crise do ano anterior.