O Nubank dissipou rumores e confirmou com exclusividade à FORBES que seus cofundadores continuam no senior management da fintech bilionária.
O anúncio rebate as afirmações de que o fundador e chief executive officer da empresa, David Vélez, bem como os cofundadores Edward Wible e Cristina Junqueira, estavam prestes a serem substituídos e irem para o conselho da empresa.
Cristina Junqueira, cofundadora do banco digital, que está em sua 40ª semana de gravidez, continuará no comando da empresa, mesmo com planos de tirar uma breve licença maternidade – ao contrário do que aconteceu quando teve sua primeira filha, quando seguiu trabalhando full-time logo após dar à luz.
“Sigo firme na liderança do Nubank juntamente com meus sócios David Vélez, nosso chief executive officer (CEO), e Edward Wible, nosso CTO”, afirma Cristina. “Quanto mais crescemos, mais especulações acontecem em torno do negócio. O importante é que continuamos focados em nossos clientes e no enorme impacto que queremos ter nesse mercado tão carente de boas alternativas.”
Hoje (27), o alto escalão da empresa deve bater o martelo sobre um conjunto de contratações para diversos cargos de top management.
Neste mês, Marcelo Kopel, ex-Itaú Unibanco, assumiu o cargo de chief financial officer (CFO) na fintech, segundo o perfil do executivo na rede social LinkedIn.
Em entrevista anterior à FORBES em outubro de 2019, Cristina disse que a empresa tem feito esforços para atrair pessoas com mais anos de carreira, especialmente para cargos mais altos, em parte para endereçar a percepção do mercado de que o staff da empresa é predominantemente composto por funcionários muito jovens.
“[A contratação de profissionais sêniores] traz muita segurança para os times de que conseguimos alcançar nossos objetivos, que são cada vez mais ambiciosos”, ressalta.
A empresa também quer aumentar a representatividade de negros em seu quadro, e atualmente busca um head de diversidade e inclusão, apesar de 30% dos funcionários se identificarem como LGBTQ+ e mulheres representarem 43% da força de trabalho, que tem 30 nacionalidades representadas.
O Nubank é a sexta maior instituição financeira do país e, recentemente, ultrapassou a marca dos 20 milhões de clientes. O portfólio de produtos da fintech inclui um cartão de crédito sem anuidade, bem como uma conta digital para pessoas físicas e jurídicas, empréstimo pessoal e um programa de pontos.
ADAPTAÇÃO
O Nubank atualmente emprega mais de 2.500 pessoas, baseadas em escritórios no Brasil, Argentina, México e Alemanha. Em entrevista anterior à FORBES, Cristina Junqueira falou sobre o modelo organizacional da fintech, onde equipes multifuncionais garantem a continuidade dos projetos.
“Não contratamos para um time específico, e sim para a função,” explica. “Pessoas que precisam se afastar têm espaço em mil times quando retornam.”
Nas funções sêniores, a situação é mais complexa, mas a empresa se adapta para acomodar grandes mudanças na vida das pessoas que lá trabalham, como novas adições à família, doenças graves e luto recente.
Isso também vale para a alta gestão: a própria cofundadora acumulou funções de uma outra executiva em licença maternidade, mesmo estando em um estágio avançado da gravidez. “Isso tem um custo, mas damos um jeito, pois não somos como a grande maioria das empresas, que simplesmente substituem pessoas [em licença]”, ressaltou. “Fazemos questão de dar a segurança de que elas podem construir uma família e que suas carreiras aqui serão preservadas. Valorizamos a contribuição de cada uma delas.”
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Grupo Imagem fecha 2019 com crescimento
O Grupo Imagem, formado pelas empresas Imagem – Esri, Imagem Sistemas, Codex Remote, Veja Monitoramento, 4Agri, Imagem Gestão, Imagem Automação e Eviva, todas voltadas para atender demandas da transformação digital –, fechou o ano passado com faturamento de R$ 155 milhões, 18% superior ao resultado de 2018 em renovações de contratos e atualizações e 20% de crescimento em aquisições.
“Nosso principal desafio é ajudar as empresas a utilizarem os dados para organizarem seus processos, por meio de aplicações que possibilitem controlar essas informações. Dar a elas inteligência para que possam pensar no futuro. Quem tem o domínio dos dados tem o domínio do próprio negócio e da concorrência”, diz Eneas Brum, presidente do conselho, contando que, em 2020, continua a preparação do grupo para ingressar no Parque Tecnológico de São José dos Campos.
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Acesso Digital recebe aporte de R$ 40 milhões
A Acesso Digital, empresa especializada em soluções de reconhecimento facial e admissão digital fundada em 2007, acaba de receber seu primeiro aporte externo. Em uma operação intermediada pelo Itaú BBA, a IDTech, que passou dos R$ 100 milhões de receita no ano passado, recebeu R$ 40 milhões da empresa de venture capital e.Bricks. Os recursos serão usados para desenvolver novos produtos e investir nas áreas de marketing e vendas.
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Bruno Diniz lança livro sobre fintechs
No próximo dia 28, na Livraria do Vila do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, será lançado o livro “O Fenômeno Fintech”, de Bruno Diniz. A obra aborda o movimento que vem transformando o mercado financeiro no Brasil e no mundo, e passa pelo contexto histórico do setor, da economia e do consumo, além de explicar temas como inclusão financeira, desbancarização, crowdfunding, bancos digitais, open banking, criptoativos, blockchain e corporate venture. O autor é cofundador da Spiralem, consultoria especializada em inovação para o mercado financeiro, head do Comitê Fintech da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e professor de fintech na Fundação Getulio Vargas e no MBA da Universidade de São Paulo (USP).
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IBM e will.i.am juntos pela inteligência artificial
Na última quarta-feira (22), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a IBM anunciou uma parceria global com a I.AM+, startup de inteligência artificial fundada pelo músico e empresário will.i.am para acelerar o uso da tecnologia. A I.AM+ selecionou a nuvem pública da blue chip como seu principal provedor de cloud e, juntas, as empresas buscam introduzir segurança, confiança e transparência na plataforma de IA, Omega, que tem uma tecnologia proprietária que ajuda as máquinas a entenderem a linguagem natural. O objetivo é oferecer soluções de IA para os setores de varejo e entretenimento, onde os dados do cliente são essenciais.
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