A saúde mental nunca esteve tão em pauta quanto em tempos de isolamento social, não só na vida pessoal, mas também nos negócios. Para falar um pouco sobre isso, o CEO e publisher da Forbes Brasil, Antonio Camarotti, conversou ao vivo no Instagram da revista com um dos maiores nomes da psiquiatria no Brasil: o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Arthur Guerra.
Além de suas renomadas credenciais como profissional da saúde, Guerra também é um maratonista. Ele já completou dezenas de provas, inclusive os desafiadores iron man e triatlo. Para ele, as atividades não são em vão. “Os hobbies ajudam a quebrar a tensão e a ansiedade que qualquer profissional da área da saúde acaba recebendo”, disse. E essas limitações do dia a dia se expandem a todos os mercados. De acordo com o médico, o cenário da saúde mental nunca esteve tão preocupante.
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O momento de reclusão traz à tona diversos problemas de saúde menta. O psiquiatra explicou que, da pressão na tomada de decisões rápidas à possibilidade de um familiar contrair o novo coronavírus, estamos todos sob condições nunca vistas antes. De acordo com Guerra, os principais problemas que aparecem no período de confinamento são insônia, ansiedade, depressão e pânico.
Um dos motivos por trás desses problemas são as notícias alarmistas que podem causar ansiedade (um medo vago, quando o paciente não sabe ao certo do que) ou pânico (como o medo específico de contrair o vírus e não conseguir se recuperar). Mas como evitar esses problemas? Quando o assunto é sono, uma das principais dicas do psiquiatra é tomar cuidado com o celular e com outros eletrônicos como tablets e notebooks antes de dormir. “Não leve o celular para cama, com a tela piscando na sua frente”, Guerra recomendou.
Já para ansiedade e pânico, o médico culpa a exposição contínua a notícias alarmantes e negativistas. É importante estar informado, mas ouvir a mesma atualização negativa em cinco noticiários diferentes durante o dia pode afetar o psicológico de maneira inconsciente, causando a incerteza e a preocupação que levam à ansiedade, e em vezes até ao pânico. “É importante se informar, mas ver a mesma notícia uma vez apenas é o suficiente.”
Em uma dica específica para empresários, ele recomendou calma. “Eu conheço empresários preocupados pois acham que não vão conseguir honrar sua folha de pagamento”, ele explicou. “Nós não sabemos quando isso vai terminar, ninguém no mundo sabe, mas eu acho que o mundo pós-pandemia vai ser um mundo melhor”. O psiquiatra acredita fortemente que, após essa crise, empregadores e funcionários terão seus valores mais definidos, com mais respeito ao próximo.
Antes da pandemia, o Brasil era o país com o segundo maior número de casos de depressão do mundo. O psiquiatra reconhece que não é possível determinar se e quanto esse número vai crescer, mas, como forma de prevenção, o médico explicou que alguns sintomas da doença são falta de apetite, libído e perda de peso. Caso esses sinais se tornem presentes, a principal recomendação é procurar um profissional qualificado. Desta forma, com a medicação correta, caso necessária, atividade física e acompanhamento médico, a doença pode ser controlada.
Para conferir a conversa completa sobre saúde mental com o psiquiatra Arthur Guerra, assista ao vídeo abaixo. Para mais conversas ao vivo como essa, acesse o canal do Youtube da Forbes Brasil ou entre no conta do Instagram @ForbesBR.
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