Moradores de Madri usando máscaras ficaram na fila ontem (6) para estarem entre os primeiros visitantes das famosas galerias da cidade, depois que os museus Prado, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza foram reabertos após três meses de quarentena por causa do coronavírus.
“Eu estava ansioso para voltar. Ver como ele voltou à vida me deixa muito emocionado”, disse o estudante de mestrado Alejandro Elizalde, limpando lágrimas do rosto enquanto olhava para o quadro “Las Meninas”, de Diego de Velázquez, uma das pinturas mais famosas do Prado.
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O governo fechou museus públicos em 12 de março ao impor quarentena ao país para limitar a disseminação do coronavírus. As restrições foram afrouxadas gradualmente. Madri foi um dos lugares que tomou os passos mais lentos em direção a uma abertura porque também foi um dos locais mais atingidos pela doença.
O Prado e o Reina Sofia ainda não estão completamente abertos, mas muitas obras de arte, incluindo trabalhos de Velázquez e Goya, no Prado, e “Guernica”, de Picasso, no Reina Sofia, estavam em exibição.
Medidas de segurança foram implementadas, incluindo distanciamento social, capacidade reduzida e ingressos com hora marcada para os visitantes. Os funcionários checaram a temperatura dos visitantes na entrada do Prado.
Muitas pessoas notaram como os museus estavam quietos. Em um sábado normal, esses locais estão entre os que mais atraem turistas em Madri.
“Ao mesmo tempo, é um sentimento muito estranho e muito bom porque eu nunca havia visitado o Reina Sofia com tão poucas pessoas”, disse a empresária Elena Vázquez.
A Espanha até agora registrou 27.134 mortes e 240.978 casos de coronavírus. O país aliviará ainda mais o isolamento em Madri e Barcelona a partir de segunda-feira, quando bares e restaurantes poderão receber pessoas no lado de dentro em vez de apenas em terraços ao ar livre.
Em mais de metade do país, as boates poderão reabrir, mas não será permitido dançar. O governo sugere que o espaço da pista de dança seja usado para mesas. (Com Reuters)
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