A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu cancelar a tradicional festa de Réveillon em Copacabana, que anualmente reúne cerca de 3 milhões de pessoas na orla da cidade, por conta da epidemia de Covid-19.
“Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o carnaval, não é viável neste cenário de pandemia sem a existência de uma vacina” , informou a Riotur , empresa de turismo do Rio de Janeiro.
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Além da grande aglomeração em Copacabana, milhares de pessoas se deslocam para a festa na orla usando transporte público, uma vez que o acesso de veículos particulares é proibido.
A prefeitura estuda alternativas para a festa, uma das mais tradicionais do país, que tem como ponto alto o show de fogos de artifício. Uma das alternativas estudadas são uma exibição voltada apenas para transmissões ao vivo para TV, internet e streaming.
Outra possibilidade seria uma diluição da festa, com apresentações em dezenas de pontos pela cidade para diminuir a presença de pessoas.
“O Réveillon não é um evento rígido e ele pode acontecer de diversas formas que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana”, acrescentou a Riotur.
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Nos próximos dias, a Riotur apresentará ao prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada sem presença direta de público. Segundo a agência de turismo, “em um modelo virtual, onde poderemos atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas”.
Esta semana, a prefeitura de São Paulo também anunciou que o Réveillon na avenida Paulista, que costuma reunir 1 milhão de pessoas, estava cancelado. Da mesma forma, a parada LGBT e a Marcha para Jesus, que já haviam sido transferidas de junho para novembro, devem ser adiadas mais uma vez. E o Carnaval também deve ser adiado.
No Rio, o carnaval de 2021 também está ameaçado. Discussões sobre o desfile na Marquês de Sapucaí já começaram e uma decisão será tomada em setembro. A tendência é de adiamento da festa, que costuma acontecer em fevereiro.
“Como resultado dessas tratativas, a Riotur atendeu ao pedido da Liesa e não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. Agora, a Riotur aguarda, conforme solicitado formalmente pelo presidente da entidade, a próxima assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à prefeitura do Rio”, disse a Riotur.
O carnaval de rua, que também reúne milhões de pessoas e turistas na cidade, segue em discussão com autoridades da prefeitura. (Com Reuters)
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