As lideranças desempenham um papel fundamental em qualquer organização. Elas atuam, numa comparação bem primária, quase como o capitão de um navio. Geralmente, cargos de liderança, assim como o de capitão, são ocupados por pessoas que possuem a habilidade de inspirar, de influenciar, de orientar quando a viagem de barco enfrenta sobressaltos, de ajudar na solução de possíveis conflitos.
Vivemos em um momento em que o barco (as organizações) foi pego por uma tempestade que não havia sido prevista pelos radares de meteorologia e agora balança para lá e para cá. A água do mar entra no navio por todos os lados. A missão do capitão é não deixá-lo afundar, impedir que o pânico tome conta da tripulação e guiá-la no meio da tormenta.
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Pressupõe-se que o capitão deva dar conta do recado, até pela sua experiência, mas como fazê-lo com maestria se ele também faz parte da tripulação e está assustado, estressado e com medo de falhar? Entre suas funções está cuidar de sua equipe. Mas em tempos em que não sabemos quando o aguaceiro vai abrandar e os cuidados com o outro demandam ainda mais energia, quem cuida dele?
A pandemia de coronavírus evidenciou uma questão que ainda permanece relativamente silenciosa em muitas organizações: os cuidados com quem está no centro dos cuidados com o outro. Esta deverá ser uma das questões nucleares no retorno à dita nova normalidade nos ambientes de trabalho. Creio, inclusive, que os hospitais, como é o caso do Sírio Libanês, poderão inspirar programas muito interessantes nas empresas, pois tiveram eles mesmos de implementar ações voltadas aos profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19.
Este será um dos temas que eu e a colega psiquiatra Camila Magalhães discutiremos em um encontro online promovido pela Forbes Brasil no dia 11 de agosto, às 18h30. Entre os convidados, teremos Fernando Guanem, diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio Libanês; o empresário Nizan Guanaes; Maurício Ceschin, médico da Mantris; e Cristina Weiss, diretora de RH do grupo Swiss Re. No webinar, discutiremos questões relacionadas à saúde mental nas empresas, algo que – e digo como médico – ganhará ainda mais importância nos anos vindouros.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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