“Não gasto meu estômago com qualquer coisa”, diz Mirany Soares, categórica. Ela é a curadora gastronômica –”não chef”– por trás da Formaggio Mineiro, empresa focada em pães de queijo, que tem entre seus clientes estabelecimentos tradicionais, como os hotéis Fasano e as redes Santa Luzia e Santa Maria. Foi com o lema de preservar o trato digestivo que a mineira de Belo Horizonte, cansada de comer pães de queijo com gosto artificial, decidiu que era hora de “colocar queijo no pão de queijo”.
Por queijo, entenda-se canastra e parmesão, os dois principais ingredientes de uma série de produtos que orbitam em torno do pão de queijo original (há sabores gorgonzola e chocolate, por exemplo, além de chipa e waffle de pão de queijo). O salgado, que, verdade seja dita, dá cheiro de tarde na casa da avó quando assado no forno convencional da sua própria cozinha, não leva aromatizantes ou estabilizantes. “Só consigo vender o que dou para o meu filho”, brinca.
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A ideia parece ter dado certo. Depois de dez anos à frente do negócio, a empresária que se consolidou no canal de food service se prepara para capilarizar e atender ainda mais o consumidor final, que se mostrou um trunfo no momento em que a pandemia do coronavírus acabou limitando os canais de hotéis, bares e restaurantes, onde a marca era mais forte.
A pequena fábrica, que começou como um sonho de produzir pães de queijo de qualidade e que segue ralando os ingredientes na própria planta –o que, nas palavras de Mirany “ajuda a controlar procedência e manter a umidade”– atendia apenas atacado até, há seis anos, abrir uma loja de fábrica. O objetivo era ajudar a pagar o aluguel do galpão onde a operação funcionava, mas o empório se tornou um segundo negócio.
“Hoje, temos seis lojas físicas, onde é possível encontrar os produtos congelados e assados, além de complementos mineiros, como goiabada e doce de leite, que escolhemos a dedo para combinar com a proposta de valor”, conta. “As lojas virtuais, que hoje também são seis, começaram na época da pandemia, assim como o delivery. O modelo se mostrou interessante, pois algumas pessoas ficaram sem emprego, e essas pessoas podem complementar renda com nossos produtos”, afirma Mirany, classificando a categoria como “micro food service”.
A marca que se intitula no site “o melhor pão de queijo do Brasil” não pretende ser o maior produtor do quitute. Usando 40% de queijo canastra e ingredientes como sal do himalaia na composição, o preço dos produtos da Formaggio Mineiro não é baixo: 550 g do pão de queijo tradicional para assar em casa sai R$ 29,50 –80% mais caro que a maioria em média. “Tem marcas muito maiores, com capacidade de investimento”, explica Mirany, dizendo que a Formaggio Mineiro produz 20 toneladas ao mês. “Mas o mercado é grande com espaço para todos e nosso posicionamento atende a um público muito específico.”
Apesar dos percalços de um ano complicado, a empresária quer crescer na base dos 30% e capilarizar ainda mais sua distribuição, com abertura de mais dez lojas virtuais e seis físicas em 2021. “Perdemos na fábrica, mas já recuperamos bastante. Agora a aposta é no cliente que quer ir à loja”, finaliza.
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Provado e aprovado: Kuro
Do pequenino balcão do Kuro, nos Jardins, sai um incrível menu ao estilo omakase. Aliando técnica, ingredientes de primeiríssima qualidade e inventividade, o sushiman Henry Miyano e o chef executivo espanhol Gerard Barberan servem a degustação em 16 tempos –R$ 450 com bluefin entre os pratos, e R$ 390 quando a iguaria não está disponível. Entre as (muitas) iguarias de destaque, o tataki de atum com ovo perfeito em excelente molho ponzu e o sushi de bluefin queimado na hora com carvão binchotan. São apenas três horários disponíveis para reserva, de segunda a sábado, às 12h, às 19h e às 20h45, e a casa aceita apenas um grupo de até seis pessoas por vez.
Kuro
Rua Padre João Manuel, 712, Cerqueira César, tel. (11) 3062-5241
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Haribo faz 100 anos e mira o Brasil
A tradicional marca criadora e produtora dos ursinhos coloridos de gelatina está completando, em 2020, cem anos de história. O Brasil, acredite, é estratégico nesta operação. A planta nacional, localizada em Bauru, no interior de São Paulo, é a primeira da empresa fora da Alemanha. Daqui, a produção vai para os EUA e, segundo Juliana Furini, gerente de marketing da Haribo no Brasil, a companhia ainda pretende explorar a fábrica para a América Latina. “Nossa prioridade é desenvolver o mercado brasileiro”, ela diz. De acordo com a executiva, o país tem grande potencial na categoria de confeitos de gelatina, e a Haribo tem feito uma série de esforços para atender o paladar brasileiro. Desde que aportou aqui, a empresa, que tem entre seus concorrentes a espanhola Fini, mudou a fórmula dos ursinhos de ouro –brasileiros gostam de balas mais molinhas– e lançou sabores especiais, como musse de maracujá e coco. “Temos um desafio interessante em produtos adaptados e parte da estratégia é estar presente no maior número de pontos de venda possível”, fala. Juliana.
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Pedra Cancela lança vinho Intemporal para comemorar 20 anos
A TDP Wines acaba de trazer às prateleiras nacionais o vinho Pedra Cancela Intemporal. Do excepcional branco que marca os 20 anos da empresa parte do grupo português Lusovini, produziu-se apenas 1.200 garrafas –são cerca de 100 disponíveis no Brasil a R$ 999. Elaborada com as uvas encruzado, malvasia fina e cerceal branco da safra 2012 do Dão, a edição limitada tem sete anos de cave e maturação em barris de carvalho.
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