O Ministério da Saúde informou ontem (17) que a compra da vacina contra Covid-19 da farmacêutica Pfizer deve ocorrer à medida que os ensaios clínicos apontarem “total eficácia e segurança” dos insumos e após o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Representantes do ministério receberam ontem executivos da Pfizer, em uma das ações do órgão para tentar “garantir, o quanto antes, uma vacina segura, eficaz, em qualidade e quantidade, para a população brasileira”, de acordo com nota da pasta.
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“O objetivo é conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório. A aquisição dos imunizantes deve ocorrer à medida em que os ensaios clínicos apontarem a total eficácia e segurança dos insumos e o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) for realizado”, informou o ministério.
No início da semana passada, após a farmacêutica norte-americana e a empresa alemã BioNTech terem anunciado que seu imunizante apresentou eficácia de pelo menos 90% em seus testes, o ministério afirmou que todas as vacinas com estudos avançados no mundo estavam sendo analisadas para possível aquisição.
Segundo o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, a empresa está mantendo negociações com o governo brasileiro com vistas a possibilitar a chegada ao país da vacina contra Covid-19 em desenvolvimento pela farmacêutica no primeiro trimestre do ano que vem.
Até o momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro vinha apostando principalmente na vacina desenvolvimento pela Universidade de Oxford em parceira com o laboratório AstraZeneca, e já assinou um acordo para compra do imunizante e futura transferência de tecnologia para produção nacional pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No comunicado de ontem, o ministério disse que estão previstas, ainda nesta semana, reuniões com representantes de outras três empresas farmacêuticas que desenvolvem vacinas em estágio avançado: Janssen, da Johnson & Johnson; Instituto Gamaleya (Sputinik V) e Bharat Biotech (Covaxin), da Índia.
“A pasta deve apresentar, em breve, o plano de imunização da população brasileira contra a Covid-19. A previsão é que a primeira remessa de vacinas já esteja disponível no primeiro semestre de 2021 e contemple inicialmente o grupo de risco da doença, que serão definidos pelos aspectos epidemiológicos, de eficácia e de segurança da vacina a ser utilizada”, finalizou o ministério no comunicado.
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Em julho, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil estava em negociações para comprar outra candidata a vacina contra Covid-19, desenvolvida pelo laboratório norte-americano Moderna. Nesta semana, a empresa anunciou que sua vacina é 94,5% eficaz.
Contudo, a pasta não anunciou por ora qualquer novidade em relação a tratativas para a aquisição imunizante da Moderna.
Além das vacinas tratadas pelo Ministério da Saúde, o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, tem acordo com a chinesa Sinovac para testagem e produção nacional da vacina em desenvolvimento CoronaVac. (Com Reuters)
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