O dólar fechou praticamente estável ante o real hoje (28), depois de chegar a subir 0,9% na máxima da sessão, com investidores voltando as atenções para dados melhores da economia brasileira e para apostas sobre política monetária.
O dólar à vista teve variação negativa de 0,02%, a R$ 5,1572 na venda. Na máxima, a cotação subiu 0,91%, a R$ 5,2053, e na mínima cedeu 0,42%, a R$ 5,1367. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,22%, a R$ 5,1585, às 17h20, após máxima de R$ 5,2050.
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O dólar se manteve longe das máximas ao longo da tarde, depois de o Caged mostrar desaceleração no ritmo de perdas de postos de trabalho com carteira assinada em junho ante os meses anteriores. Houve fechamento de 10.984 vagas formais de trabalho no mês passado, bem abaixo das previsões do mercado e dos números de março (-259.917), abril (-918.286) e maio (-350.303). “Número animador do Caged de junho. Temos tudo para recuperar o nível de atividade mais rápido que o esperado”, disse Vicente Matheus Zuffo, gestor na SRM.
A melhora em alguns indicadores recentes é, para analistas do Bank of America, argumento para o Banco Central não cortar a Selic em 0,25 ponto percentual na próxima semana. O BofA cita também piora do lado fiscal como justificativa para estabilidade dos juros.
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A manutenção da Selic em 2,25% iria de encontro às apostas refletidas na curva de DI, de redução de 0,25 ponto. A pausa nos cortes poderia dar suporte à taxa de câmbio, uma vez que interromperia a diminuição dos retornos da renda fixa brasileira comparativamente a seus pares emergentes.
Nesta quarta, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anuncia sua decisão de política monetária, com expectativa de estabilidade nos juros básicos por lá entre zero e 0,25%.
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No Brasil, ainda pela manhã o Banco Central divulgou superávit em transações correntes recorde para junho, com investimentos diretos no país (IDP) em US$ 4,754 bilhões no mês passado –este número acima da previsão de economistas consultados pela Reuters.
Mas, apesar dos dados, que refletem sobra de dólares no Brasil, Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), fez ponderação. A despeito dos superávits, “o real não ficou abaixo de R$ 5 por dólar, uma prova de quão desafiadores os mercados ainda são para os emergentes”, disse. O dólar chegou a ficar abaixo de R$ 5 no começo de junho, mas não se sustentou nesse patamar. (Com Reuters)
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