A RD teve lucro líquido de R$ 60,2 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 60% em relação ao mesmo período de 2019, conforme as medidas de restrição de circulação por causa da pandemia de coronavírus continuaram afetando as operações da rede de varejo farmacêutico.
“Com os primeiros casos chegando ao Brasil em março, o isolamento social começou na última semana do mês e resultou em um segundo trimestre com redução no tráfego e consumo, e também na quantidade de consultas médicas e cirurgias eletivas, estes levando à uma queda na demanda por medicamentos associados a tratamentos agudos não urgentes”, afirmou a companhia.
“O principal impacto observado ocorreu em nossas 124 lojas de shopping, que tiveram que lidar com fechamentos temporários, horários reduzidos e severa redução no tráfego de clientes ao reabrirem”, acrescentou em material do balanço divulgado ontem (11).
A receita líquida somou R$ 4,45 bilhões, crescimento de 5,8% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A receita bruta subiu 6,3%, a R$ 4,72 bilhões, mas a margem bruta recuou a 28%, de 29% um ano antes.
A rede registrou uma queda de 2,6% nas vendas das mesmas lojas, enquanto as lojas maduras tiveram uma queda de 6,9%, com um efeito calendário negativo de 0,4%.
Excluindo da base as 124 lojas de shoppings que tiveram que lidar com fechamentos temporários e horários reduzidos, o crescimento total consolidado da receita bruta foi de 12,3%, com alta de 3,2% nas mesmas lojas e queda de 1,2% nas lojas maduras.
Apenas em julho, houve elevação de 13,8% na receita consolidada, “sinalizando uma forte recuperação que esperamos manter no terceiro trimestre”. Excluindo as 124 lojas de shopping, a alta chega a 19%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recuou para R$ 231,81 milhões, de R$ 363,69 milhões no mesmo intervalo de 2019, com a margem passando de 8,2% para 4,9%.
De abril a junho, foram inauguradas 55 lojas, 8 a mais do que no mesmo período de 2019, e sem efetivar fechamentos, a RD terminou o trimestre com um total de 2.162 estabelecimentos. A companhia reiterou guidance de 240 aberturas brutas para o ano.
A penetração dos canais digitais atingiu 7,6% das vendas do varejo da RD, um incremento de 6,4 pontos percentuais versus o segundo trimestre do ano passado. “Registramos um crescimento de quase sete vezes no segundo trimestre de 2020 quando comparado ao mesmo período do ano anterior.”
A despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 143 milhões, ante R$ 102,4 milhões um ano antes, em meio a gastos com preparação para home office e marketing institucional relacionado à pandemia.
No segundo trimestre, o fluxo de caixa livre ficou negativo em R$ 437,5 milhões e o consumo de caixa total alcançou R$ 544,8 milhões.
A RD encerrou o trimestre com uma dívida líquida ajustada de R$ 1,5 bilhão, versus R$ 990,8 milhões no mesmo período de 2019. A dívida líquida ajustada sobre o Ebitda foi de 1,2 vez, um acréscimo de 0,4 maior quando comparada ao mesmo período do ano passado, principalmente em consequência do consumo de caixa relacionado a capital de giro no trimestre.
“Nossa expectativa é de normalizar a dívida líquida sobre o Ebitda ainda dentro do ano com a normalização do nosso ciclo de caixa”, afirmou. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Participe do canal Forbes Saúde Mental, no Telegram, e tire suas dúvidas.
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.