O Barclays passou a ver alta de 100 pontos-base na taxa básica de juros Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) no próximo encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) no começo de agosto, o que puxou a projeção para o juro a 7,5% no segundo trimestre de 2022, num cenário de inflação mais alta tanto neste ano quando no próximo.
“Em nossa opinião, as últimas divulgações de inflação e a precificação de mercado [com a curva DI local incorporando alta de cerca de 100 pontos-base na próxima semana] elevaram a barra para o BCB (Banco Central do Brasil) entregar a alta de 75 pontos-base telegrafada anteriormente, sob o risco de expectativas decepcionantes do lado dovish [política monetária mais frouxa] causarem mais desancoragem das expectativas de inflação para 2022”, disse em relatório Roberto Secemski, economista-chefe para Brasil do Barclays.
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Na sequência, passado o pico da inflação anual, haveria condições para o Copom desacelerar o ritmo de acréscimos, acrescentou.
De toda forma, Secemski estima que a Selic irá a 7,0% ao fim do ano e a 7,5% até março de 2022.
O juro básico da economia está em 4,25% ao ano.
A política monetária mais apertada viria em resposta a um cenário de inflação mais pressionada. O banco elevou a 6,7% a previsão para o IPCA de 2021 e a 3,8% o número para 2022 (de 6,3% e 3,6%, respectivamente), com os preços afetados por inércia, problemas hídricos e energia, entre outros.
“Mantemos os riscos de alta para ambas as projeções, tendo em vista a possibilidade de aumento dos custos de energia elétrica em meio a condições climáticas desafiadoras e a reabertura da economia, o que pode pressionar ainda mais os preços dos serviços.” (Com Reuters)
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