As divisões entre os democratas estão comprometendo a agenda do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de investir em infraestrutura, expandir os serviços sociais e lidar com a mudança climática conforme o Congresso norte-americano enfrenta o prazo de hoje (30) para evitar uma paralisação do governo.
O Congresso dos EUA se preparava para aprovar o novo financiamento do governo até 3 de dezembro enquanto democratas moderados e progressistas batalham sobre os gastos de trilhões de dólares para financiar licenças familiares expandidas, cuidados médicos para os mais velhos e suportes melhores para crianças.
A expectativa é de que o Senado e a Câmara dos Deputados aprovem um projeto de financiamento temporário até a meia-noite de hoje, evitando uma paralisação parcial do governo como a que aconteceu no fim de 2018 e começo de 2019, que durou 35 dias.
Enquanto isso, a Câmara votará um projeto de investimento em infraestrutura de US$ 1 trilhão que passou pelo Senado no mês passado em uma votação bipartidária. Desde então, a Câmara tem se afastado do projeto em um movimento para negar a vitória a Biden.
No entanto, não estava claro se a votação vai realmente acontecer. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, enfrenta a revolta de um influente grupo de democratas progressistas que alertaram que ela precisa segurá-la até que um projeto maior, de US$ 3,5 trilhões, seja delimitado.
Os moderados pressionam por um pacote menor, e as negociações sobre isso pode durar semanas ou mais.
Além disso, democratas e republicanos continuam a discutir sobre dar ao Departamento do Tesouro dos EUA mais autoridade de empréstimo, além do limite atual de US$ 28,4 trilhões. Um calote de dívida histórico pode acontecer por volta de 18 de outubro, estimou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, se o Congresso não agir.
Yellen diz que Delta afeta retomada dos EUA e pede ao Congresso que eleve teto da dívida
Os republicanos não querem nenhum aumento do teto da dívida, dizendo que isso é um problema dos democratas, já que eles controlam o Congresso e a Casa Branca.
A Câmara aprovou ontem (29) um projeto suspendendo o limite da dívida até 22 de dezembro. Ele deve ser bloqueado pelos republicanos no Senado, possivelmente ainda hoje. (Com Reuters)
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